O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar identificaram as nove vítimas que morreram soterradas após o teto de uma gruta desabar em Altinópolis (SP) na madrugada de domingo (31). Seis delas são de Batatais (SP). O prefeito Juninho Gaspar (DEM) decretou luto oficial de três dias.
Os corpos de bombeiros civis e instrutores foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) entre a tarde e a noite de domingo e liberados para as famílias em seguida.
Segundo a Prefeitura de Batatais, os corpos dos seis moradores são velados juntos no Ginásio de Esportes Marinheirão. A cerimônia restrita aos familiares começou às 8h30. A partir das 10h30, o velório será aberto ao público até as 15h.
Leia mais:As outras três vítimas serão veladas em Altinópolis, Sales Oliveira (SP) e em Monte Santo de Minas (MG).
O grupo e mais 19 pessoas participavam de um treinamento na Gruta Duas Bocas, próximo à Gruta do Itambé, conhecido ponto turístico da cidade, quando houve um desmoronamento. Segundo familiares, a atividade começou na tarde de sábado (30). Eles passariam a noite acampados na caverna como parte do treinamento.
Das dez pessoas que ficaram retidas na caverna, uma foi resgatada com vida. A vítima é um homem. Ele está internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.
Veja quem são as vítimas do desmoronamento:
Celso Galina Júnior, 30 anos, Batatais
Jenifer Caroline da Silva, 25 anos, Batatais
José Cândido Messias da Silva, 53 anos, Batatais
Elaine Cristina de Carvalho, 52 anos, Batatais
Rodrigo Triffoni Calegari, 32 anos, Batatais
Jonatas Ítalo Lopes, 28 anos, Batatais
Débora Silva Ferreira, 24 anos, Monte Santo de Minas (MG)
Ana Carla Costa Rodrigues de Barros, 28 anos, Sales Oliveira (SP)
Natan de Souza Martins, 18 anos, Altinópolis
Teto desabou durante treinamento
O desmoronamento aconteceu por volta da 1h deste domingo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 28 bombeiros civis e instrutores faziam um treinamento no interior da gruta, quando o teto da caverna desabou, deixando parte do grupo retido. A atividade era promovida pela escola Real Life, com escritório em Ribeirão Preto (SP).
Segundo a professora Cristina Trifoni, mãe do instrutor Rodrigo Trifoni Calegari, o grupo passaria a noite no local como parte do treinamento. O filho dela, de 32 anos, morreu no acidente.
Por volta das 9h45, o Corpo de Bombeiros informou que a primeira vítima foi retirada com vida. Walace Ricardo da Silva foi levado para o HC-UE, em Ribeirão Preto. Outras seis pessoas que conseguiram sair a tempo sofreram ferimentos leves, foram levadas ao hospital e já receberam alta.
Especialistas em resgate, técnicos da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foram levados de helicóptero a Altinópolis para reforçar o trabalho.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros informaram que não foram comunicados anteriormente sobre a realização do treinamento.
O dono da empresa Real Life, Sebastião Abreu, disse que treinamentos como esse são comuns na escola. Ele não soube informar, no entanto, se havia autorização para a atividade.
Por causa da chuva, Abreu informou que o curso poderia ter sido adiado, mas que os instrutores no local decidiram por dar continuidade à prática.
(Fonte:G1)