Os painéis com pinturas rupestres da era pré-colonial que foram descobertos na região do Jalapão podem estar ameaçados. As artes feitas há pelo menos dois mil anos foram catalogadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no último mês, mas há tempos vêm sendo danificadas por agentes degradantes.
Entre as principais ameaças aos mais de dezesseis sítios arqueológicos identificados destacam-se os incêndios florestais, desmatamento, desplacamento do suporte rochoso, erosão eólica, erosão pluvial, ação de microorganismos e vandalismo.
Segundo a equipe arqueológica do Iphan, as ocupações humanas nessas áreas recuam até 12.000 anos atrás e formaram sítios arqueológicos durante o período pré-colonial, até o contato com os colonizadores europeus.
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As descobertas recentes são fruto de missões realizadas entre 2022 e 2023 para investigar a existência de novos sítios na região. Os sítios descobertos agora integram um complexo arqueológico localizado no Jalapão.
Buscando anular ou minimizar os danos aos painéis rupestres, o Iphan lidera um serviço de conservação que contempla seis sítios arqueológicos na região do Jalapão. O trabalho está sendo realizado por uma empresa especializada em preservação de patrimônio em áreas impactadas.
Entre as ações previstas estão a consolidação do suporte rochoso, remoção ou mascaramento de pichações, instalação de calhas para proteger a arte rupestre da ação das chuvas, remoção da vegetação daninha que ameaça os grafismos, entre outros.
Além disso, estão previstas atividades de educação patrimonial nas escolas da região e junto aos agentes de turismo locais.
(Fonte:G1)