Quase 10 toneladas de queijo impróprio para consumo foram destruídas após a carga ser apreendida pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (6), em Marabá. Segundo informações do delgado Élcio de Deus, o transporte e comércio irregular do produto já vinha há meses sendo investigado pelo diretor da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso das Neves.
“Havia uma investigação em andamento em conjunto com a Polícia Civil do Estado do Maranhão e o delegado Vinicius tinha conhecimento de que este queijo estava sendo transportado irregularmente de Marabá para aquele estado. Ele pediu para a gente cumprir a missão de interceptar essa carga, assim a equipe foi à Vila São José (Km 08) e teve sucesso em abordar este caminhão boiadeiro que estava transportando de 8 a 10 toneladas de queijo”, informou.
Em vez de transportar animais vivos, o caminhão boiadeiro levava o queijo enrolado numa lona plástica, em meio às fezes de boi e sem nenhuma higiene. Além disso, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) foi acionada e constatou que devido às condições do transporte o produto já estava em decomposição e impróprio para o consumo humano ou mesmo para ser utilizado em ração.
“Estava sendo transportado sem qualquer refrigeração, não tinha nota fiscal e estava sobre fezes de animais que anteriormente foram transportados neste caminhão boiadeiro. Fizemos a apreensão do material e a condução tanto do motorista quanto do proprietário da carga para a delegacia e acionamos a Adepará”, comentou o delegado Elcio.
Conforme a autoridade policial, a Adepará confeccionou dois procedimentos administrativos contra o motorista do caminhão, Máximo de Souza Oliveira. Contra o proprietário da carga, Idemar Araújo de Almeida, também foram aplicadas as multas e ele ainda foi autuado, pela Polícia Civil, em um procedimento criminal por crime contra o consumidor.
“A equipe condenou a carga, apreendeu o produto nos trâmites administrativos deles (Adepará) e promoveu a destruição da carga, que foi encaminhada para o aterro sanitário”, diz Elcio. O queijo, acrescenta, era oriundo de uma fazenda próxima à Vila Cruzeiro do Sul, na zona rural de Marabá. (Luciana Marschall – com informações de Evangelista Rocha)