A Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais por Meios Cibernéticos, da Polícia Civil, realizou em Marabá, cinco prisões temporárias e seis buscas domiciliares motivadas pelos crimes de furto mediante fraude eletrônica e associação criminosa.
A operação “Fake Centralles” investiga uma quadrilha que realizava golpes financeiros em correntistas do Banpará.
Os presos possuem relação com recebimento de quantias provenientes do crime e de acordo com a polícia, as investigações continuam no intuito de finalizar o inquérito com evidências suficientes da autoria e materialidade do crime, para que a denúncia seja apresentada no Ministério Público.
Leia mais:Os investigados são moradores de Marabá e alguns possuem relação de afinidade. Após os procedimentos de rotina, a quadrilha foi encaminhada para o sistema penal.
MODUS OPERANDI
Para concretizar os crimes, o bando fazia ligações telefônicas para as vítimas, simulando serem funcionários do banco em que elas eram correntistas. Na sequência, utilizando de “engenharia social”, os golpistas convenciam as vítimas a lhes fornecerem senhas e token do aplicativo bancário, ou que realizassem acesso a links maliciosos, uma forma de espelhar seus dados bancários.
Com as informações em mãos, a quadrilha realizava empréstimos de valores altos e, finalmente, efetuavam transferências bancárias para beneficiários intermediários e finais.
O termo “engenharia social” é usado para especificar a técnica utilizada por criminosos virtuais para induzir usuários desinformados a enviarem dados confidenciais, infectarem seus dispositivos eletrônicos com vírus ou abrirem links para sites maliciosos. Ademais, os hackers podem tentar explorar a falta de conhecimento do usuário.
Segundo o delegado Luiz Guilherme, responsável pela investigação e prisão dos acusados, por meio do depoimento dos presos a polícia espera descobrir qual a participação de cada um dos envolvidos e também chegar a outras pessoas que tenham ligação com o bando.
Ainda de acordo com o policial, os clientes de bancos precisam estar atentos para não cair nesses golpes. Devem principalmente não abrir links enviados por celular, porque é através disso que os criminosos acessam as senhas bancárias.
O nome da operação “Fake Centralles”, traduzido ao pé da letra para o Português, significa “Central falsa”, porque os acusados se passavam por funcionários da central de atendimento do Banpará.
(Chagas Filho)