À meia-noite de ontem, segunda-feira (10), terminou o contrato de cinco anos entre a Puma Leilões e a Prefeitura de Marabá. Com isso, o município fica sem guincho para recolher veículos e também sem ter lugar para guardar esses bens apreendidos.
A informação foi repassada por Mário Neves, prestador de serviços da Puma. Ele disse que a prefeitura não fez uma nova licitação em tempo hábil e deixou para procurá-lo ontem apenas para lhe informar que ele deveria sair hoje e procurar seus direitos na Justiça. Mas Mário afirma que não fará isso, pois o pátio da empresa está alugado até dezembro deste ano.
Ainda de acordo com ele, nem mesmo uma proposta para um contrato de aluguel do espaço foi feita pela prefeitura. Mesmo assim, Mário Neves se coloca à disposição dos usuários para resolver as pendências. Segundo Mário Neves, a empresa tem cerca de mil veículos removidos, mas não recebeu nada por eles. “A partir de agora o município está entregue às baratas”, resume.
Leia mais:Ele disse que foi procurado anteriormente para participar de uma nova licitação, mas não interessa à Puma, já que a prefeitura, segundo Mário, não vem fiscalizando a cidade, o que, afirma, contribuiu para aumento no número de acidentes.
Além disso, a prefeitura aumentou de 20% para 40% a cota do município referente aos veículos apreendidos. “O município não tem custo nenhum; o custo todo é nosso”, argumenta Mário Neves.
Este CORREIO entrou em contato com o secretário municipal de Segurança Institucional, Jair Guimarães, para saber a versão da prefeitura sobre o assunto. O gestor da pasta ficou de entrar em contato com a Procuradoria Geral do Município (Progem) e depois se pronunciaria, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.
Por outro lado, nossa reportagem teve acesso a um memorando interno do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), no qual a direção do orienta os agentes a colocar a seguinte justificativa para não remover veículos que deveriam ser apreendidos: “A remoção não foi aplicada por motivos operacionais”. Ou seja, até mesmo o trabalho dos agentes está prejudicado. (Chagas Filho)