A partir das 18h desta terça-feira (1º), na Praça do Bairro Liberdade, haverá programação alusiva ao Dia do Trabalhador, promovida pelo Fórum em Defesa da Previdência e dos Direitos Trabalhistas. Consta na programação a exibição de vídeos, músicas, poesia, dança de rua, batalha de MCs, teatro e capoeira, que serão intercalados com algumas falas sobre os direitos dos trabalhadores.
De acordo com um dos organizadores do evento, o professor Rigler Aragão, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por volta das 16h30, os moradores dos bairros próximos à praça serão mobilizados com carro de som anunciando o ato, para tentar atrair as pessoas a participarem.
Segundo ele, a ideia é fazer um ato político-cultural para expressar a indignação do trabalhador através da cultura e da arte. Rigler observa que o 1º de maio é um dia histórico de luta no mundo inteiro. “É um dia para lembrar que os trabalhadores têm que lutar para defender seus direitos. Já perdemos muito”, lamenta o professor, explicando que a reforma trabalhista jogou por terra 70 anos de história e direitos conquistados.
Leia mais:#ANUNCIO
Ainda segundo Rigler, com a terceirização dos serviços que antes não poderiam ser terceirizados, o que se vê é mais precarização, mais desemprego e redução salarial. Mas não é só isso. Ainda está em pauta a reforma da Previdência. Ele diz acreditar que o governo não vai desistir tão fácil dessa pauta. “É interesse do mercado e dos banqueiros que esta reforma ainda aconteça no Brasil”, sustenta.
Outra preocupação que para Rigler precisa ser debatida pelos trabalhadores é a proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC-241), que depois virou Emenda Constitucional nº 95, que limita os gastos públicos ao percentual da inflação do ano anterior.
O professor lembra que esta Emenda começa a valer agora e vai durar nada menos que 20 anos. “Vai ter impacto na saúde e na educação, que já não andam bem”, explica, ressaltando que grande parte dos trabalhadores depende do poder público para esses serviços e por isso serão muito atingidos.
Rigler também observa que há outras frentes em andamento que estão enfraquecendo os trabalhadores rurais, como o despejo de camponeses em vários acampamentos rurais nesta região, assim como a prisão do padre Amaro, que defende os camponeses em Anapu. “São episódios de ataque aos trabalhadores”, resume.
O Fórum em Defesa da Previdência e dos Direitos Trabalhistas congrega quase todos os sindicatos de Marabá, além de alguns movimentos sociais.
(Chagas Filho)
A partir das 18h desta terça-feira (1º), na Praça do Bairro Liberdade, haverá programação alusiva ao Dia do Trabalhador, promovida pelo Fórum em Defesa da Previdência e dos Direitos Trabalhistas. Consta na programação a exibição de vídeos, músicas, poesia, dança de rua, batalha de MCs, teatro e capoeira, que serão intercalados com algumas falas sobre os direitos dos trabalhadores.
De acordo com um dos organizadores do evento, o professor Rigler Aragão, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por volta das 16h30, os moradores dos bairros próximos à praça serão mobilizados com carro de som anunciando o ato, para tentar atrair as pessoas a participarem.
Segundo ele, a ideia é fazer um ato político-cultural para expressar a indignação do trabalhador através da cultura e da arte. Rigler observa que o 1º de maio é um dia histórico de luta no mundo inteiro. “É um dia para lembrar que os trabalhadores têm que lutar para defender seus direitos. Já perdemos muito”, lamenta o professor, explicando que a reforma trabalhista jogou por terra 70 anos de história e direitos conquistados.
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Ainda segundo Rigler, com a terceirização dos serviços que antes não poderiam ser terceirizados, o que se vê é mais precarização, mais desemprego e redução salarial. Mas não é só isso. Ainda está em pauta a reforma da Previdência. Ele diz acreditar que o governo não vai desistir tão fácil dessa pauta. “É interesse do mercado e dos banqueiros que esta reforma ainda aconteça no Brasil”, sustenta.
Outra preocupação que para Rigler precisa ser debatida pelos trabalhadores é a proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC-241), que depois virou Emenda Constitucional nº 95, que limita os gastos públicos ao percentual da inflação do ano anterior.
O professor lembra que esta Emenda começa a valer agora e vai durar nada menos que 20 anos. “Vai ter impacto na saúde e na educação, que já não andam bem”, explica, ressaltando que grande parte dos trabalhadores depende do poder público para esses serviços e por isso serão muito atingidos.
Rigler também observa que há outras frentes em andamento que estão enfraquecendo os trabalhadores rurais, como o despejo de camponeses em vários acampamentos rurais nesta região, assim como a prisão do padre Amaro, que defende os camponeses em Anapu. “São episódios de ataque aos trabalhadores”, resume.
O Fórum em Defesa da Previdência e dos Direitos Trabalhistas congrega quase todos os sindicatos de Marabá, além de alguns movimentos sociais.
(Chagas Filho)