O prontuário médico de Christian Davi Teixeira Lima, de 9 anos, confirma a denúncia da família ao Correio de Carajás de que houve demora do Hospital Geral de Parauapebas (HGP) para fazer a transferência da criança para Redenção. O documento comprova que os aparelhos do veículo estavam descarregados, contribuindo para o atraso do procedimento.
O menino morreu dentro da ambulância durante o percurso, no dia 10 de abril, após travar uma luta pela sobrevivência durante os cinco dias em que ficou intubado no HGP. A criança foi internada no dia 5, após engolir um objeto, que a família acredita se tratar de um apito e que ficou alojado no pulmão dela.
O tio de Christian Davi, Renan Teixeira, recebeu o prontuário médico na tarde da quarta-feira (24). O documento cita que equipamentos de transferência, como o ventilador e as bombas de seringa, estavam descarregados, “sem funcionamento”, sendo preciso “aguardar para recarregar a bateria”.
Leia mais:Ainda no prontuário, consta que a equipe responsável por fazer a transferência da criança na ambulância chegou às 2h45 no HGP, mas a saída demorou uma hora e meia. “O ventilador teve que ser trocado, o motorista foi à base buscar outro aparelho, atrasando todo o processo de transferência, com saída às 4:15 do setor”, acrescentou o tio.
O documento descreve que a equipe responsável pela transferência era composta por um “médico boliviano”, um enfermeiro e o motorista. Christian Davi estava sendo levado para o município de Redenção, onde faria uma broncoscopia.
Christian Davi faleceu na cidade de Xinguara, distante 112 quilômetros de Redenção, um percurso realizado em pouco mais de uma hora de automóvel. (Theíza Cristhine, com informações de Rayane Pontes – TV Correio)