A Promotoria de Justiça de Tóquio investiga nova suspeita envolvendo o empresário franco-brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor. Ele é investigado agora por não ter declarado US$ 80 milhões em indenização nos relatórios financeiros da empresa nos últimos oito anos.
Ghosn foi preso no mês passado, em Tóquio, no Japão, por suspeita de subestimar sua remuneração em 5 bilhões de ienes, aproximadamente US$ 44 milhões, em um período de 5 anos que termina no ano fiscal de 2014, violando a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio.
Segundo investigações preliminares, Ghosn pretendia evitar críticas sobre a alta remuneração após a divulgação dos salários dos executivos que se tornou obrigatória em 2010.
Há apurações sobre o plano de o executivo receber, após sua aposentadoria, a diferença entre o valor pago a ele e o que foi relatado.
A suspeita é que 4 bilhões de ienes, cerca de US$ 35,5 milhões, não foram divulgados desde 2015.
De acordo com os promotores, a remuneração anual de Ghosn para o ano fiscal de 2016 e 2017 foi de 2,4 bilhões de ienes ou aproximadamente de US$ 21,3 milhões. (Agência Brasil)