Marabá agora conta com um novo projeto de formação para educadores que enfrentam a violência contra crianças e adolescentes. Lançado nesta quarta-feira (14) pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), o “Capacitar para proteger” marca o início de um ciclo de capacitações voltado à rede pública de Ensino Fundamental II.
A data escolhida para o lançamento reforça a urgência e relevância do projeto realizado no “Maio Laranja”, mês dedicado ao enfrentamento do abuso e da exploração sexual infantil. A execução do projeto é liderada pelas 9ª e 10ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Marabá, tendo a autoria conjunta das promotoras Paula Morais Gama e Jane Cleide Silva Souza.
O diálogo inicial reuniu 74 profissionais da educação, entre diretores, coordenadores e orientadores pedagógicos, que atuam em 27 escolas públicas do município. O ciclo de palestras começou com a promotora Jane Cleide Silva Sousa, que apresentou a Lei “Henry Borel”. Em seguida, Paula Morais da Gama abordou os principais pontos da “Escuta Protegida”. A manhã foi encerrada com a fala da psicóloga Oziléa Souza Costa, que discutiu os limites e as possibilidades da escuta no ambiente escolar, além dos impactos da violência sexual no desenvolvimento infantil.
Leia mais:Com duração de dois anos, o “Capacitar para proteger” objetiva implementar medidas suficientes e eficazes em toda a rede de ensino do município como meio de garantir a integridade física e psicológica de crianças e adolescentes. Para isso, profissionais da educação serão capacitados sobre o desenvolvimento psicossexual infanto-juvenil, as múltiplas formas de violência e situações de risco a que crianças e adolescentes estão sujeitos. Com essa rede de apoio fortalecida, o MPPA dá protagonismo ao papel do educador enquanto agente de prevenção e proteção desse público.
O projeto é pautado na justificativa de que a escola é um ambiente privilegiado para que casos de violência sexual sejam identificados, considerando o longo período de tempo que crianças e adolescentes permanecem na instituição. Para que os profissionais da educação possam exercer esse papel com segurança, o projeto oferece ferramentas teóricas e práticas voltadas ao enfrentamento dessas diversas formas de violência.
(Luciana Araújo, com informações do MPPA)