As ações em 2025 do “Programa Escola Segura”, criado pelo governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) já iniciaram em Marabá e região, junto com o ano letivo. O programa visa orientar e prevenir a violência escolar na rede de ensino pública, além de garantir a segurança e bem-estar dos estudantes, docentes e demais profissionais da educação pública.
O Programa promoveu durante a semana um ciclo de palestras socioeducativas voltado para segurança escolar, além de apresentação do programa, por meio de recursos especializados, criando políticas públicas permanentes de segurança, atendimento integrado em casos de ocorrências de gravidade, prevenção de gravidez na adolescência, parceria entre família e escola, explanação acerca da lei de proibição do celular, bullying e cyberbullying, entre outras ações.
Além das palestras, o programa contempla a presença de dois policiais por turno de forma permanente, coibindo a violência dentro do ambiente escolar.
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Para o coronel da Polícia Militar, Benedito Sabbá, assessor do Núcleo de Segurança Pública e Proteção Escolar da Secretaria Estadual de Educação, em Marabá, os resultados do Programa “Escola Segura” já foram vistos desde o seu primeiro ano de implantação em 2023, culminando em 2024, com os resultados obtidos pelo Estado do Pará na prova do Saeb.
“Onde nós demos um grande salto chegando à sexta posição entre os Estados da federação e também pelas notas dos nossos alunos na prova de redação no ENEM, e este ano inclusive aqui em Marabá, nós tivemos uma situação onde uma das nossas escolas atendidas pelo Programa Escola Segura foi a escola que mais se destacou em notas acima de 800 na Redação do Enem, no estado do Pará, vencendo de escolas da capital do estado,” destaca o coronel.
Uma das escolas estaduais de ensino médio que receberam o Programa “Escola Segura” foi a Escola Estadual Gaspar Viana (Anexo I), localizada na Folha 33 e Escola Estadual “Gabriel Sales Pimenta”, que fica em Morada Nova.
NÚMEROS
Criado em 2023, o “Programa Escola Segura” se expande a cada dia. Em 2023, foram 8.785 pessoas contempladas com o projeto em 45 escolas, já em 2024, o público de pessoas contempladas com ações do “Escola Segura” pulou para 17.484 entre alunos, professores, diretores e pais de alunos. Além de instituições de ensino de Marabá, os municípios beneficiados com as atividades foram São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, São João do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Piçarra, Itupiranga/Cajazeiras, Palestina, Bom Jesus do Tocantins, Vila Sororó – Km 35, Jacundá entre outros locais.
O diretor da Escola Estadual “Gabriel Sales Pimenta”, Fabrício Lima, considera o programa Escola Segura “fundamental para garantir um ambiente escolar seguro e saudável para todos”. Ele elenca algumas razões pelas quais receber o programa é importante, como por exemplo: ambiente escolar seguro; redução da violência dentro das Escolas (ações preventivas do programa podem ajudar a reduzir a violência e o bullying na escola), como também a contribuição para construção para uma sociedade mais segura.
REPERCUSSÃO
Aluno da Escola “Gaspar Viana” – Anexo I, Luan Chaves Mesquita de 17 anos, cursa o 1º ano do Ensino Médio. “Eu achei o Programa Escola Segura muito importante, pois existe muito preconceito, muito racismo, principalmente nas escolas, por isso é fundamental trabalhar esses temas, principalmente nas séries do ensino Fundamental e acontece também no ensino médio. Na minha concepção o programa deveria ser aplicado em todas as escolas, duas vezes por ano, para ajudar os alunos a mostrar que há respeito, não só por conta da cor de pele, porque tem muito preconceito por causa disso, a etnia. Tivemos outras orientações importantes também como o uso devido do uniforme”, opina o estudante.
Maria Eduarda dos Santos Soares, 15 anos, também é aluna do 1° ano do Ensino Médio da Escola “Gaspar Viana”. “A palestra foi importante para os alunos pois falou sobre a educação, bullying, entre outras essas coisas. Hoje em dia, a maioria dos alunos sofrem bullying. Recebemos várias instruções importantes, de como devemos nos comportar, e até mesmo o que trazer para a escola. Além de educação moral, como respeitar os professores, que é o principal, né, da educação”, destaca ela.
“O Programa Escola Segura se consolidou como um divisor de águas para nossas unidades. A presença da Polícia Militar nas escolas, aliada às palestras do Núcleo, impactou diretamente o rendimento dos alunos. A fórmula é clara: enquanto a PM reforça a segurança e a prevenção à violência, os educadores podem se concentrar no que fazem de melhor—ensinar e transformar vidas”, afirma Magno Barros, diretor da DRE (Diretoria Regional de Ensino).
(Texto: Emilly Coelho)