O Prodep (Programa Dinheiro na Escola), iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), já repassou mais de 50 milhões de reais este ano para escolas paraenses estaduais, a fim de serem investidos em obras estruturais, manutenções prediais e no aprimoramento da climatização dos ambientes.
O Prodep reflete diretamente na qualidade de ensino e ainda gera autonomia aos gestores em parceria com Conselhos Escolares das unidades escolares para administrarem o recurso, conforme a necessidade de cada estabelecimento de ensino. Em Marabá, região de integração Carajás, o Prodep transformou-se em concretização de um sonho antigo, no investimento da climatização da Escola Estadual de Ensino Integral “Gabriel Sales Pimenta”, que fica no Bairro Morada Nova. Com 678 estudantes, a instituição de ensino funciona os três turnos.

O diretor da DRE/Marabá (Diretoria Regional de Ensino) Magno Barros lembra que antes, em média, cada escola recebia cerca de dois mil reais ao ano para pequenas despesas. Agora, com o Prodep, esse valor saltou para algo em torno de cem mil reais, podendo chegar a trezentos mil, dependendo do porte da escola. “É um salto histórico. Os conselhos escolares têm demonstrado agilidade e competência na aplicação desses recursos, e os resultados já são visíveis: as benfeitorias estão mudando a cara das nossas escolas, trazendo mais dignidade para alunos e servidores”, explica Magno Barros.
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Paulo Fabrício Lima, diretor da “Gabriel SalesPimenta” há três anos, avaliou como de suma importância os cerca de R$ 400 mil investidos em infraestrutura na escola. “É essencial esse recurso do Prodep, que dá autonomia para os gestores poderem administrar esse recurso conforme a necessidade da escola. Então, antes o que era um sonho na Escola Gabriel Pimenta, hoje é realidade. Todas as salas de aula climatizadas agora no 2º semestre, com duas centrais de 18 mil BTUs, todos os ambientes administrativos também climatizados, sala de professores, e principalmente prezando pela qualidade do estudo e qualidade do aprendizado do nosso aluno”, resume o gestor.

O professor efetivo da rede estadual de ensino, Francisco Balbino Sousa, de 43 anos, que leciona Língua Inglesa, na escola Gabriel Sales Pimenta desde 2019, relata que a escola enfrentava problemas com calor e desconforto, prejudicando o ensino. Ele chegou a ministrar aulas ao ar livre, por não aguentar o calor dentro das salas de aula.
“Antes a escola enfrentava condições desfavoráveis ao ensino, as salas eram quentes e as condições insalubres de trabalho, com a instalação das centrais de ar houve uma melhora e maior conforto. Com aprimoramento da estrutura, logicamente há um aproveitamento maior na qualidade de ensino”.

Beatriz Cardoso Coelho, de 17 anos é aluna do segundo ano na Escola Gabriel Salles Pimenta, ela relata que a instalação de um sistema de climatização na escola melhorou significativamente o ambiente de estudo. Ela afirma também que a concentração e a vontade de ir à escola aumentaram, contrastando com a situação anterior de desconforto e falta de concentração devido ao calor. Beatriz elogia a iniciativa do Prodep de permitir que a escola administre o dinheiro, considerando-a uma demonstração de preocupação com os alunos, apesar da demora na implementação.

Carlos Henrique, um estudante de 17 anos, relata que a instalação de ar-condicionado nas salas de aula melhorou significativamente o ambiente de estudo. “Antes, os alunos sofriam com o calor e buscavam constantemente sair da sala. Agora, com as salas climatizadas, a concentração e o aprendizado foram aprimorados, com todos preferindo ficar dentro da sala para estudar”. Carlos elogia a iniciativa do governo estadual, que investiu recursos na melhoria da infraestrutura da escola.
(Texto: Emilly Coelho)