Servidores públicos da educação municipal de Marabá deflagraram, na manhã desta segunda-feira, 21, greve geral da categoria. Dentre as pautas de reivindicação estão o reajuste do piso do magistério de 2022 para 33,24%, estabelecimento de uma mesa de negociação permanente, dentre outras.
O ato público realizado nesta manhã, em frente em frente e dentro das instalações do prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), contou com a presença de dezenas de trabalhadores da educação pública. Questionadas sobre a adesão, as lideranças afirmam que o movimento já conta com mais de 80% das escolas públicas paralisadas, mobilizando professores, agentes de serviços gerais, agente de portaria, merendeiras e auxiliares de secretaria.
Sobre as pautas reivindicadas pelos servidores, Joyce Cordeiro Rebelo, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública no Pará (Sintepp) em Marabá, detalha que a categoria requer reajuste no piso do magistério de 2022 de 33,24%; reajuste do piso dos auxiliares de secretaria de nível médio, que está com defasagem salarial desde 2016, que já está em atraso.
Leia mais:Os servidores também pedem redução de jornada de trabalho dos agentes de serviços gerais de 8 para 6 horas; extinção da escala 12h/36h dos agentes de portaria. Implementação dos diários online, construção e reforma de escolas e casas de apoio na zona rural e reajuste do vale alimentação.
A programação do comando de greve para esta segunda-feira previa que, além do ato realizado no período da manhã na Semed, as escolas que ainda não aderiram ao movimento fossem fechadas. A ação pretende conscientizar pais, alunos e servidores dessas escolas, sobre a importância da greve, visando aumentar a visibilidade do movimento e, com isso, conseguir o melhor acordo junto ao governo.
Para esta terça-feira, está prevista nova manifestação em frente à Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), onde o prefeito Tião Miranda despacha cotidianamente, e a retomada das visitas às escolas; na quarta-feira os grevistas estarão presentes na Câmara dos Vereadores fazendo uso da tribuna; na quinta-feira o ato de protesto reivindica a prestação de contas do governo, na sede do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
REUNIÃO
O estopim para a greve, segundo apurou o portal, foi a não realização de reunião das lideranças com a Prefeitura, que estava prevista para o último dia 18. Na data, foi anunciado um adiamento para a próxima sexta-feira, dia 25, o que os sindicalistas ainda confiam que realmente acontecerá.
Eles acreditam que o prefeito Tião Miranda estará presente nesse encontro. Neste mesmo dia, no período da tarde, e já sabendo a proposta da Prefeitura Municipal, a categoria se reunirá em assembleia para deliberar novamente.
De acordo com Joyce, posteriormente será feita a reposição das aulas perdidas, para que não haja prejuízo aos alunos.
Na Semed, onde cobriu a manifestação, a Reportagem procurou a assessoria da secretária de Educação, Marilza Leite, para ouvir a versão do poder pública, mas ouviu que aquela pasta não iria se posicionar agora.
De outro lado, a Ascom da Prefeitura disse ao Correio de Carajás que a reunião, antes prevista para o dia 18, precisou ser adiada para o dia 25 de fevereiro, em função da equipe de Planejamento do governo estar revisando alguns dos 23 pontos da pauta financeira de reivindicação. “O sindicato já foi informado”, diz a nota. (Luciana Araújo)