Professores e técnico-administrativos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPA), de Parauapebas, decretaram greve na manhã desta quarta-feira (4). Uma das reivindicações da classe é a recomposição salarial. A paralisação foi anunciada durante manifestação em frente ao campus, no bairro União.
O professor de história do IFPA, Guilherme Dotti, destacou que um dos objetivos da paralisação é garantir a recomposição das perdas da inflação dos últimos cinco anos. “No caso dos docentes a perda inflacionária está na casa de 22%, e dos técnicos administrativos em torno de 34%”, detalhou.
Guilherme disse também que a reestruturação da carreira dos servidores e a garantia do investimento no orçamento no custeio dos Institutos Federais fazem parte das reinvindicações da paralisação. “Há a previsão de corte em torno de R$ 30 milhões para este ano, e o orçamento de custeio impacta diretamente nas atividades de funcionamento do campus”, explicou.
Leia mais:O docente afirmou ainda que a paralisação é em defesa da educação pública de qualidade, pois, há turmas com estudantes sem aulas desde o início do ano por falta de professores.
Outras unidades do IFPA também estão em greve, a exemplo do campus de Belém.
Governo
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação.
De acordo com o órgão, esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos.
“Na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) no ano de 2024, realizada no dia 28 de fevereiro, o governo reafirmou a proposta do reajuste de 9% em duas parcelas para os próximos dois anos, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026”.
“Com essa proposta, mais os 9% de aumento já concedidos no ano passado, os servidores terão um reajuste acumulado nos 4 anos de mais de 18%”.
Também foi formalizada proposta, para este ano de 2024, de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais); de aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (“auxílio-saúde”); e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90, segundo o Ministério. (Theíza Cristhine, com informações de Denilton Resque)