Os professores da rede municipal de ensino de Curionópolis iniciaram nesta segunda-feira, 19, estado greve e podem deflagrar greve geral no final do mês, caso o governo municipal realize redução salarial da categoria.
De acordo com Hebbert kennady, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp-Subsede Curionópolis), o governo, sem conversar com a classe, decidiu, durante o período de recesso, reduzir pela metade a carga horária dos professores, de 200 para 100 horas-aula.
Além da questão salarial, a categoria cobra ainda a reforma das escolas, que estariam em situação crítica para poder ter melhores condições de trabalho, assim como os alunos terem um espaço digno para estudar. Nesta segunda-feira, estava previsto o início do ano letivo de 2018. No entanto, as aulas não começaram porque a reforma das escolas, segundo Herbert Kennady, iniciadas em maio do ano passado, nunca foram concluídas.
Leia mais:“Na realidade não é reforma. Eles estão fazendo uma pintura e trocando telhas. O que nós queremos é uma reforma completa, para melhorar nossas condições de trabalho e também para que os alunos tenham um espaço adequado para estudar. Tem escolas, como é o caso do estabelecimento de Serra Pelada, que está sem condições alguma de funcionamento”, denuncia o sindicalista.
Hebbert observa que no ano passado o ano letivo foi atrasado porque o prefeito Adoney Aguiar (DEM) garantiu que ia fazer a reforma das escolas. No entanto, o tempo foi passando e somente no mês de maio começaram a fazer uma “maquiagem” nas escolas, com pinturas e, em alguns casos, troca de algumas telhas e carteiras.
#ANUNCIO
Logo depois essa reforma, no entanto, foi suspensa novamente porque a empresa que iniciou as obras abandou o serviço e a outra que assumiu não tinha a combinação de cores usada na pintura das escolas. “Eles disseram que não conseguiam encontrar o tom do amarelo usado. Isso parece até piada”, frisa Kennady.
Ele ressalta que no ano passado cinco mil alunos foram matriculados na rede municipal de ensino. Este ano, até agora, a Secretaria de Educação do Municipal de Educação não divulgou esses dados. “Na realidade eles não informaram nada para o Sintepp. Já enviamos 18 ofícios, inclusive solicitando explicação do prefeito sobre o que embasou ele a decidir, sem conversar com a gente, a reduzir nossa carga horária, mas nenhuma resposta até agora foi dada a categoria”, assegura Hebbert.
Ele lembra que em dezembro do ano passado eles fizeram uma paralisação de dois dias, cobrando a reforma das escolas. O prefeito novamente sinalizou para isso e, agora, a informação é que vai adiar o ano letivo por mais de 18 dias, para concluir essas reformas. “Se ele passou o ano todo do ano passado e não terminou as ditas reformas, vai fazer isso agora em 18 dias. É mais uma enrolação, que vai novamente atrasar o ano letivo”, pontua o líder sindical, lembrando que devido ao atraso, o ano letivo de 2017 terminou no dia 19 de janeiro.
Na área urbana, ele denuncia que a situação mais crítica é da escola Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro Planalto. Segundo ele, as lâmpadas das salas de aula estão queimadas, os quadros negros estão em situação crítica, banheiros também estão em péssimas condições e, ao redor da quadra de esportes, está tudo completamente tomado pelo mato. “Foi o sindicato que foi lá e cobrou que fosse campinado, porque a qualquer hora os alunos poderiam ser picados por algum animal peçonhento”, descreve Kennady.
Redução Hora
Com relação à redução da hora-aula, Hebber Kennady ressalta que o governo agiu de forma traiçoeira com a categoria, decidindo isso durante o recesso da categoria. “Por isso, decidimos entrar em estado de greve, sinalizando para esse governo que se nossos vencimentos forem reduzidos, vamos deflagrar greve”, avisa o coordenador, ressaltando que eles já oficializaram essa decisão ao Ministério Público, para que o órgão possa intervir nessa discussão e se evite a greve.
Ele pondera que a categoria não quer a greve, mas esse será o caminho, caso o governo insista em reduzir a carga a horária. Ele observa que hoje o município tem mais professores contratados que concursados. Na avaliação dele, uma estratégia do governo para manter a categoria pressionada.
No total de 240 professores existentes, só 91 são concursados. Inclusive, diz ele, o governo manteve o contrato dos contratados durante o recesso, o que na avaliação dele é ilegal. “O certo é fazer os contratos quando inicia o ano letivo, após a lotação dos professores concursados”, observa kenandy, denunciando ainda que, até agora, eles não receberam um sexto que a categoria tem direito a receber durante o recesso escolar.
“É mais um direito nosso, que até agora não foi honrado por esse governo, que já demonstrou não respeitar direito trabalhista”, pontua.
Sem data para começar as aulas
Citada como um dos estabelecimentos de ensino que está em estado precário pelo Sintepp, a equipe de Reportagem da TV e Jornal Correio esteve na Escola Nossa Senhora das Graças. A secretária da escola, Poliana Ferreira de Paula, confirmou que escola está em reforma e que até agora eles não sabem quando as aulas vão começar. “Ninguém [Secretaria de Educação] nos informou quando as aulas vão começar. A gente só ouve falar que as aulas vão começar dia 26”, diz a servidora.
Ela diz que está sendo realizada pintura, troca de forro e dos vidros da escola. No entanto, nossa equipe não viu ninguém trabalhando no local. Dentro das salas, carteiras amontoadas e muita sujeira.
Muitas salas faltam lâmpadas e o forro de um dos banheiros está desabando. A secretária afirma que até agora não há previsão de quando essa reforma vai ser concluída.
O jornal não conseguiu contato com a Secretaria Municipal de Educação e nem com ninguém do governo para falar sobre as denúncias feitas pelo Sintepp. (Tina Santos)
Os professores da rede municipal de ensino de Curionópolis iniciaram nesta segunda-feira, 19, estado greve e podem deflagrar greve geral no final do mês, caso o governo municipal realize redução salarial da categoria.
De acordo com Hebbert kennady, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp-Subsede Curionópolis), o governo, sem conversar com a classe, decidiu, durante o período de recesso, reduzir pela metade a carga horária dos professores, de 200 para 100 horas-aula.
Além da questão salarial, a categoria cobra ainda a reforma das escolas, que estariam em situação crítica para poder ter melhores condições de trabalho, assim como os alunos terem um espaço digno para estudar. Nesta segunda-feira, estava previsto o início do ano letivo de 2018. No entanto, as aulas não começaram porque a reforma das escolas, segundo Herbert Kennady, iniciadas em maio do ano passado, nunca foram concluídas.
“Na realidade não é reforma. Eles estão fazendo uma pintura e trocando telhas. O que nós queremos é uma reforma completa, para melhorar nossas condições de trabalho e também para que os alunos tenham um espaço adequado para estudar. Tem escolas, como é o caso do estabelecimento de Serra Pelada, que está sem condições alguma de funcionamento”, denuncia o sindicalista.
Hebbert observa que no ano passado o ano letivo foi atrasado porque o prefeito Adoney Aguiar (DEM) garantiu que ia fazer a reforma das escolas. No entanto, o tempo foi passando e somente no mês de maio começaram a fazer uma “maquiagem” nas escolas, com pinturas e, em alguns casos, troca de algumas telhas e carteiras.
#ANUNCIO
Logo depois essa reforma, no entanto, foi suspensa novamente porque a empresa que iniciou as obras abandou o serviço e a outra que assumiu não tinha a combinação de cores usada na pintura das escolas. “Eles disseram que não conseguiam encontrar o tom do amarelo usado. Isso parece até piada”, frisa Kennady.
Ele ressalta que no ano passado cinco mil alunos foram matriculados na rede municipal de ensino. Este ano, até agora, a Secretaria de Educação do Municipal de Educação não divulgou esses dados. “Na realidade eles não informaram nada para o Sintepp. Já enviamos 18 ofícios, inclusive solicitando explicação do prefeito sobre o que embasou ele a decidir, sem conversar com a gente, a reduzir nossa carga horária, mas nenhuma resposta até agora foi dada a categoria”, assegura Hebbert.
Ele lembra que em dezembro do ano passado eles fizeram uma paralisação de dois dias, cobrando a reforma das escolas. O prefeito novamente sinalizou para isso e, agora, a informação é que vai adiar o ano letivo por mais de 18 dias, para concluir essas reformas. “Se ele passou o ano todo do ano passado e não terminou as ditas reformas, vai fazer isso agora em 18 dias. É mais uma enrolação, que vai novamente atrasar o ano letivo”, pontua o líder sindical, lembrando que devido ao atraso, o ano letivo de 2017 terminou no dia 19 de janeiro.
Na área urbana, ele denuncia que a situação mais crítica é da escola Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro Planalto. Segundo ele, as lâmpadas das salas de aula estão queimadas, os quadros negros estão em situação crítica, banheiros também estão em péssimas condições e, ao redor da quadra de esportes, está tudo completamente tomado pelo mato. “Foi o sindicato que foi lá e cobrou que fosse campinado, porque a qualquer hora os alunos poderiam ser picados por algum animal peçonhento”, descreve Kennady.
Redução Hora
Com relação à redução da hora-aula, Hebber Kennady ressalta que o governo agiu de forma traiçoeira com a categoria, decidindo isso durante o recesso da categoria. “Por isso, decidimos entrar em estado de greve, sinalizando para esse governo que se nossos vencimentos forem reduzidos, vamos deflagrar greve”, avisa o coordenador, ressaltando que eles já oficializaram essa decisão ao Ministério Público, para que o órgão possa intervir nessa discussão e se evite a greve.
Ele pondera que a categoria não quer a greve, mas esse será o caminho, caso o governo insista em reduzir a carga a horária. Ele observa que hoje o município tem mais professores contratados que concursados. Na avaliação dele, uma estratégia do governo para manter a categoria pressionada.
No total de 240 professores existentes, só 91 são concursados. Inclusive, diz ele, o governo manteve o contrato dos contratados durante o recesso, o que na avaliação dele é ilegal. “O certo é fazer os contratos quando inicia o ano letivo, após a lotação dos professores concursados”, observa kenandy, denunciando ainda que, até agora, eles não receberam um sexto que a categoria tem direito a receber durante o recesso escolar.
“É mais um direito nosso, que até agora não foi honrado por esse governo, que já demonstrou não respeitar direito trabalhista”, pontua.
Sem data para começar as aulas
Citada como um dos estabelecimentos de ensino que está em estado precário pelo Sintepp, a equipe de Reportagem da TV e Jornal Correio esteve na Escola Nossa Senhora das Graças. A secretária da escola, Poliana Ferreira de Paula, confirmou que escola está em reforma e que até agora eles não sabem quando as aulas vão começar. “Ninguém [Secretaria de Educação] nos informou quando as aulas vão começar. A gente só ouve falar que as aulas vão começar dia 26”, diz a servidora.
Ela diz que está sendo realizada pintura, troca de forro e dos vidros da escola. No entanto, nossa equipe não viu ninguém trabalhando no local. Dentro das salas, carteiras amontoadas e muita sujeira.
Muitas salas faltam lâmpadas e o forro de um dos banheiros está desabando. A secretária afirma que até agora não há previsão de quando essa reforma vai ser concluída.
O jornal não conseguiu contato com a Secretaria Municipal de Educação e nem com ninguém do governo para falar sobre as denúncias feitas pelo Sintepp. (Tina Santos)