Correio de Carajás

Professora usa colete para incluir aluno com paralisia cerebral em quadrilha junina: ‘Queria que ele se sentisse parte’

Arthur Ortega nasceu após 27 semanas de gestação em São José do Rio Preto (SP) e pôde participar da quadrilha no primeiro ano escolar, com a ideia de Ellen Matos. Mãe, Cintia Ortega, agradeceu pela iniciativa.

Foto: Reprodução
✏️ Atualizado em 10/07/2025 11h20

Em um gesto comovente e carregado de empatia, uma professora usou um colete adaptado ao próprio corpo para ajudar um aluno de quatro anos com paralisia cerebral a dançar quadrilha junina com a turma em uma escola de São José do Rio Preto (SP).

A iniciativa, que viralizou nas redes sociais após o vídeo publicado pela mãe atingir mais de 75 mil visualizações, mostra Arthur Ortega sorrindo, envolvido pelo carinho da professora Ellen Matos e pela música. Assista acima.

Nos comentários, pais, alunos e internautas elogiaram a atitude da professora: “Salvou meu dia, melhor vídeo que vi hoje”, escreveu uma seguidora.

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A quadrilha ocorreu no dia 28 de junho para os 12 alunos, mas a mãe, Cintia Valéria Ortega, de 32 anos, contou que o momento especial para o filho começou a ser planejado antes, pela própria professora, e exigia o colete que se chama Walking (“andar”, na tradução livre para o português).

Por conta disso, a mãe pediu emprestado para outra mulher, que tem filho atípico, para que Arthur usasse na festa junina. No primeiro ano da escola, o menino, que tem mobilidade limitada, o que, por vezes, o afasta de atividades coletivas, pôde desfrutar do momento junto aos colegas da turma.

Assista:

Complicação na gravidez
Arthur nasceu com 27 semanas, o que corresponde a cerca de sete meses de gestação. Cintia teve uma pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, complicação na gravidez que causa a destruição de glóbulos vermelhos.

Com 22 semanas, Arthur deixou de apresentar o crescimento fetal esperado e os nutrientes que ele necessitava não estavam sendo repassados pelo cordão. Dessa forma, precisou interromper a gestação.

Com oito dias de vida, Arthur sofreu um ferimento devido à prematuridade, o que levou à paralisia cerebral. Por isso, ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal por 163 dias. No período, Cintia revelou que viveu momentos de angústia.

Ao ver Arthur sorrindo e se divertindo na quadrilha, Cintia celebrou o momento de vitória.

“No dia da festinha, passou um filme desde o nascimento até aquele momento, em ver ele tão feliz e se sentindo ‘igual’ aos amigos. Ali, vi que tudo valeu a pena. Ele amou, ele ama música e dança mesmo dentro das limitações. A professora inclui ele em todas as atividades possíveis”, celebra a mãe.

Ao ver Arthur sorrindo e se divertindo na quadrilha, Cintia celebrou o momento de vitória.

“No dia da festinha, passou um filme desde o nascimento até aquele momento, em ver ele tão feliz e se sentindo ‘igual’ aos amigos. Ali, vi que tudo valeu a pena. Ele amou, ele ama música e dança mesmo dentro das limitações. A professora inclui ele em todas as atividades possíveis”, celebra a mãe.

(Fonte: G1)