O corpo da professora Andrea Cristina Rosário de Oliveira, que morreu na noite desta terça-feira (29), será sepultado em Belém, conforme informações repassadas por familiares e amigos. A comunidade marabaense, muito abalada com a perda e revoltada pela negligência que envolveu a morte da pedagoga, agora, se prepara para dar seu último adeus por meio de uma homenagem às 19 horas, em frente à Unip, com balões e cartazes.
A Reportagem da TV Correio conversou com Letícia Araújo de Almeida, diretora da Escola Maria de Jesus Alves Soares, que falou com emoção o luto pelo falecimento de Andreia que é professora da instituição. “Ontem, tivemos uma surpresa muito desagradável. A família Maria de Jesus está enlutada. Não só a escola, mas toda a comunidade escolar, porque não perdemos apenas uma funcionária da educação. Perdemos uma companheira, uma amiga”, declarou.
Andreia trabalhava há dois anos na Escola Maria de Jesus, na Educação Infantil, e residia na comunidade. O vínculo com a escola ia além da função: seu esposo também é professor, e suas duas filhas já colaboraram na instituição. “Sentimos muito essa perda e fomos surpreendidos por uma notícia tão triste. Estamos aguardando ainda a liberação do corpo pelo IML. Ele será levado para Belém, pois a família do casal é de lá. É um momento difícil para a equipe e para a família Maria de Jesus, que está sentindo essa dor.”
Leia mais:Letícia informou ainda que, em respeito ao luto, não haverá aulas hoje e amanhã. “Até o momento, o corpo nem foi liberado. Precisamos viver esse momento de luto. Andreia não era só uma funcionária, era uma educadora dedicada, querida por todos e envolvida com a educação no município e também na Unip.”
Além do sentimento de perda, há uma forte indignação pela situação que levou ao acidente. “O teste do bafômetro do motorista deu positivo, indicando alto nível de álcool. Ele estava alcoolizado, e a entrada da nossa comunidade, aqui na Folha 35, é muito escura, praticamente abandonada. Não tem iluminação própria, e parece que o semáforo também estava com problema, só piscando. Faltam quebra-molas, amortecedores… Ele foi preso, mas não sabemos se a justiça vai mantê-lo detido. Queremos que a justiça seja feita. Pedimos para que muitas outras famílias não passem pela mesma dor”, desabafou Letícia.
Ela também mencionou que a Transamazônica, rota onde o acidente ocorreu, já tirou a vida de muitas pessoas. “Pedimos que a justiça seja feita. Toda a comunidade da Folha 35 está sentindo essa perda.”
(Chagas Filho e Thays Araujo)