Após oito meses presa em Belém, acusada de participação nos atos do dia 8 de janeiro em Brasília, quando os prédios dos três poderes da República foram depredados, a professora marabaense Claudebir Beatriz da Silva Campos conseguiu liberdade condicional. O alvará de soltura dela saiu no dia 18 de dezembro e na manhã desta quarta-feira (20) ela era vista desembarcando no Terminal Rodoviário de Marabá, na Folha 32, onde foi recepcionada por familiares e amigos.
Claudebir, de 46 anos, havia sido presa pela Polícia Federal em 18 de abril, dentro da 10ª fase da chamada “Operação Lesa Pátria”, junto com outras 13 pessoas. Ela era professora em Marabá, e foi candidata a deputada estadual pelo Pará na eleição de 2022 pelo PL e recebeu 1.460 votos.
Segundo amigos dela, a professora realmente não teria participado do vandalismo aos prédios públicos em Brasília, tendo sido denunciada por pessoas de Marabá devido a suas postagens com fotos que a colocam na Esplanada dos Ministérios no dia da manifestação.
Leia mais:O grande número de presos, investigados e denunciados tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) teria levado à grande demora para que o caso de Claudebir fosse analisado. Ela recebeu liberdade condicional e terá de seguir uma série de restrições.
Uma delas, segundo ela mesma, é não dar entrevistas, razão pela qual ela disse ao repórter do CORREIO ontem no Terminal Rodoviário que não poderia falar sobre o caso. Os amigos dizem que entre as restrições estaria até a de ser vista com bandeira da República, ou outros itens e símbolos que remetam à ocorrência. O Jornal não conseguiu confirmar, ainda, oficialmente, o que a ordem de soltura dela lista sobre as restrições.
EMOÇÃO
Claudebir Beatriz tem uma filha, foi recepcionada por ela, por amigos e alguns colegas da causa patriota, como costumam se colocar simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ocasião foi marcada por bastante comoção, com muito choro e abraços.
De lá, o grupo acompanhou a professora até a sua casa. Lá, ela foi visitada mais tarde por um grupo de irmãos da Assembleia de Deus, igreja da qual Claudebir faz parte. (Da Redação)