📅 Publicado em 17/07/2025 13h47✏️ Atualizado em 17/07/2025 15h28
Conforme a Polícia Civil em Marabá, o assassinato do professor Ercules Rafael Cruz Rafino, de 41 anos, ocorrido no Maranhão, pode ter sido premeditado pelos suspeitos, Jeferson Adão Barbosa Silva e Davysson Ferreira da Silva, que foram presos em Marabá na quarta-feira (16). Nesta quinta (17), o delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente regional de Polícia Civil, informou que ambos podem ter armado uma cilada para atrair a vítima. Um dos suspeitos, acrescentou o delegado, confessou o crime.
De acordo com a Polícia Civil, nenhum dos acusados é egresso do sistema penitenciário do Maranhão. Davysson, inclusive, costumava frequentar a casa da vítima, que era homossexual. Ainda segundo a polícia, não há qualquer grau de parentesco entre eles. “Ele tinha contato com um dos suspeitos, que frequentava sua residência. Tudo indica que os dois tramaram uma cilada, levaram a vítima até o local onde ela foi imobilizada e morta”, afirma o delegado.
No momento da prisão, além do carro da vítima, foram encontrados documentos, abraçadeiras utilizadas para imobilizar o professor e duas armas de fogo: uma pistola e um revólver. “A vítima foi assassinada com requintes de crueldade. Teve as mãos amarradas e foi morta com disparos de arma de fogo, com o objetivo de roubar seus pertences”, explica o superintendente.
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Ele afirmou ainda que os suspeitos continuam sendo ouvidos para esclarecer mais detalhes sobre a motivação e o planejamento do crime. Jeferson e Davysson vão responder pelos crimes de latrocínio e porte ilegal de arma de fogo.
O CRIME
Ercules estava desaparecido desde o último domingo (13). Seu corpo foi encontrado na manhã de segunda-feira (14), em uma área de mata na zona rural do município de Santa Luzia do Tide, a 297 km de São Luís. O corpo tinha mãos amarradas e marcas de tiros.
Morador de Bacabal, no Maranhão, o professor atuava no Sistema Prisional do município e também liderava um projeto de futebol voltado para egressos do sistema penitenciário.
A PRISÃO
A partir de investigações, a Polícia Civil do Maranhão identificou os dois suspeitos e passou a monitorar o veículo utilizado na fuga. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) tentaram interceptar o carro, mas os homens fugiram até bater o veículo. Em seguida, abandonaram o automóvel e entraram em uma área de mata.

Uma verdadeira força-tarefa composta por equipes do Batalhão de Missões Especiais (BME), da Polícia Militar, guardas municipais, cães farejadores e a PRF localizou a dupla.
Foram necessárias três equipes para efetuar a prisão dos suspeitos, que foram encontrados em uma chácara. Eles não reagiram.
Ao CORREIO, o major Costa, subcomandante do BME, detalhou a ação. “Nos deslocamos até o local com três equipes, identificamos vestígios e apreendemos alguns objetos. A partir disso, conseguimos localizar os suspeitos”, disse o subcomandante.
Segundo ele, os dois foram encontrados em uma área de pasto dentro da chácara. “Realizamos a abordagem, não houve resistência, e eles foram encaminhados à seccional”, completa.
A dupla circulava em Marabá com o carro da vítima. Além do veículo, foram apreendidos cartões utilizados em compras feitas no Pará.
O êxito da operação se deu graças ao trabalho conjunto das forças de segurança envolvidas, evidenciando a importância da cooperação entre as equipes. Após a prisão, os suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Civil, onde foram ouvidos e autuados pelos crimes de latrocínio e porte ilegal de arma de fogo.
