Correio de Carajás

Presos de Marabá comemoram aniversário do PCC com grito de ordem. Veja o vídeo

Um vídeo gravado de uma das guaritas de segurança do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, mostra internos do presídio aparentemente comemorando o aniversário da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), criada no dia 31 de agosto, há 25 anos.

Foto: Divulgação

Nas imagens, feitas por um policial militar que trabalha na segurança externa da casa penal, aparecem aproximadamente 80 homens de mãos dadas, em um círculo. No centro, um dos presos puxa o grito de ordem, respondido pelos demais. No discurso, sentenças como “se Deus é por nós quem será contra nós” e “um por todos e todos por um” podem ser distinguidas.

O grito é o mesmo proclamado em outros presídios do Brasil, conforme diversos vídeos divulgados, inclusive em plataformas como o youtube.

Leia mais:

https://www.youtube.com/watch?v=779JtiL0Nfc

Aparentemente, a suposta comemoração acontece durante o banho de sol, em um dos pátios do Crama. Há mais de ano o Portal Correio de Carajás e o Jornal Correio vêm publicando notícias acerca da presença de facções e formação de crime organizado em Marabá e em Parauapebas, na região sudeste do Pará.

No último mês, por exemplo, a Polícia Civil descobriu que o detento Yago Teixeira de Araújo, de 19 anos, foi morto pelo colega de cela, Webert Taylon Ribeiro Sirqueira porque os dois tiveram uma desavença antes de serem presos. Além disso, no entanto, Yago era membro de outra facção, o Comando Vermelho (CV), mas migrou para o PCC. Em vídeo gravado antes da morte, ele afirma estar sendo ameaçado pelo CV.

O PCC surgiu em 1993 em uma Casa de Custódia de Taubaté, a 130 quilômetros da capital de São Paulo. Atualmente, tem ramificações na maior parte dos estados brasileiros e, da prisão, comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e o narcotráfico.

O Correio de Carajás encaminhou e-mail às assessorias de comunicação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup) e Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) e aguarda posicionamento. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)