Correio de Carajás

Preso sob suspeita de homicídio é inocentado na delegacia

Advogado Gabriel: “Delegado de plantão constatou de imediato a inocência do meu cliente”

A diferença nos pneus de um carro esclareceu as dúvidas sobre a inocência de um morador de Jacundá, no sudeste do Pará. O homem tinha sido apresentado na Delegacia de Polícia Civil sob suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido na madrugada da última segunda-feira (30).

A vítima, Bruno da Silva Alves, de 25 anos, foi morta por volta das 2h na Rua Espírito Santo, no Bairro Alto Paraíso. Com base em imagens de uma câmera de vigilância, a Polícia Militar identificou um veículo semelhante ao usado no crime, e seu condutor foi levado à Delegacia para prestar esclarecimentos. No endereço do morador, duas armas de fogo foram apreendidas.

Diante do caso, noticiado no último dia 2, o advogado Gabriel Costa, defensor do cidadão, esclareceu alguns pontos: “Vale ressaltar que essas apreensões (armas) não têm relação com o homicídio do jovem no Alto Paraíso. Houve um desencontro de informações e um equívoco”.

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Na visão dele, ao que tudo indica, a Polícia Militar, de posse de um vídeo da câmera de segurança do local do crime, interpretou que se tratava do carro do cliente dele, não pela placa, mas pelo modelo e pela raridade do veículo na cidade. “Na casa do meu cliente foram encontradas duas armas, de fato sem registro, mas pertencentes ao avô do suposto suspeito”, explica.

Na Delegacia, o cidadão prestou depoimento, pagou fiança pela posse ilegal de arma de fogo e foi liberado. “Conversei com o delegado de plantão, que constatou de imediato a inocência do meu cliente devido à falta de elementos investigativos conclusivos. Até o aro da roda do carro visto na filmagem era maior que o do veículo do meu cliente, e a gravação não mostrava a placa, apenas o modelo”, reafirma.

Após o pagamento da fiança, o cidadão recuperou o carro e não está sendo investigado pelo homicídio. “É importante que essa situação seja esclarecida, pois a cidade é pequena, e um desencontro de informações pode gerar represálias injustas”, alerta o advogado Gabriel Costa.

(Antonio Barroso/freelancer)