Correio de Carajás

Preso por estupro alega que estava ‘espantando muriçoca’ de criança de 3 anos

Antônio: "Eu tava passando a mão nas pernas dela para espantar as muriçocas". (Foto: Ronaldo Modesto)

Antônio Dionísio Amorim da Silva, 47 anos, foi transferido nesta quarta-feira (4) para a Cadeia Pública de Parauapebas após ser preso no local de trabalho, na terça (3), pela equipe da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca). Contra ele, foi cumprido mandado de prisão por acusação de estupro de vulnerável, crime denunciado pela enteada de Antônio, mãe da vítima, uma criança de apenas três anos.
De acordo com a delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, titular da Deaca, o caso foi denunciado há aproximadamente um mês. À Reportagem ela explicou que Antônio era considerado avô da menina. “A mãe da vítima tinha uma relação de afinidade porque ele viveu por mais de 15 anos com a mãe dela e foi como se ele fosse o pai dela e avô das crianças”.
Neste ano, após Antônio se envolver em uma confusão em Belém, a mãe da vítima o chamou para morar em Parauapebas, com medo que ele acabasse morto ou preso na capital. Após isso, começou a suspeitar que algo estranho estava acontecendo com a filha menor, suspeita que só aumentou quando flagrou o homem aparentemente se masturbando enquanto olhava outra filha dela tomando banho.
“Ela já tinha pegado ele olhando outra filha e estava desconfiada que ele estivesse mexendo com a menininha, com a criança. Então, ela foi tomar banho e achou a casa muito silenciosa, então resolveu não tomar o banho e quando foi no quarto olhou pela fresta e a criança estava sentada no colo dele, com a perna aberta e ele com a mão dentro da vagina, estimulando. Ela (mãe) ficou em estado de choque, imediatamente veio à delegacia e representamos pela prisão preventiva dele”, explica Ana Carolina.
A delegada acrescenta que a criança ainda não tem consciência do abuso sexual sofrido, mas que verbalizou junto à psicóloga que ele realmente colocava a mão na vagina dela. Além disso, a criança brincava passando a mão no lugar onde estariam os órgãos sexuais dos bonecos e começou a se tocar de forma excessiva. “A mãe já estava achando isso estranho e suspeitou que algo de muito grave estaria ocorrendo com a filha”.
O caso foi registrado na localidade conhecida como Invasão do Ipiranga e o homem foi preso na sede da empresa de engenharia na qual é empregado. Ao ser ouvido pelo Correio de Carajás, negou o estupro. “Não procede, é uma acusação que não… foi a mãe da menina que é a minha enteada, ela suspeitou porque ela (criança) tava sentada no meu colo, tava sem roupa e tinha muita muriçoca, eu tava passando a mão, mas não como ela pensou, nas pernas dela para espantar as muriçocas”, alegou. (Luciana Marschall e Ronaldo Modesto)