Foi preso na manhã desta quarta-feira (12), em Parauapebas, Paulo Roberto Marques, de 51 anos. Ele é acusado de cometer uma série de estupros contra mulheres, seguindo um mesmo padrão que foi observado desde o último mês, dezembro, pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
O acusado teria realizado a mais recente tentativa de estupro na manhã desta terça (11), coagindo a vítima com uma arma branca a ir até um matagal com ele. A mulher conseguiu fugir e procurou imediatamente a Deam. Com a ajuda das câmeras do Centro de Controle Operacional (CCO), Paulo Roberto teria sido identificado como o homem que tentou abusar da denunciante, e acabou preso em flagrante, no Bairro Tropical.
A titular da Deam, delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, declarou em entrevista que o método utilizado em vários crimes desde dezembro consiste em coagir mulheres com uma arma branca ou de fogo – que pode ou não ser um simulacro – a irem com o abusador até um local afastado, onde é consumado o estupro. Ainda segundo ela, a ação estaria acontecendo com Paulo Roberto mantendo o rosto coberto por uma máscara, capacete ou mesmo uma camisa amarrada.
Leia mais:Ana Carolina informou que quando Paulo Roberto foi indicado pela vítima como autor da tentativa de estupro, ele estava com uma camisa vermelha e um boné, cujas vestimentas o acusado trocou, mas ainda estava em posse. Ele foi levado à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para prestar depoimento e será transferido para a Cadeia Pública de Parauapebas.
A delegada adicionou que “as mulheres que o reconhecerem devem procurar a Deam para que um auto de reconhecimento seja lavrado. É importante que seja identificado o autor destes estupros, e se os ocorridos que possuem o mesmo modus operandi partilham deste acusado como o mesmo autor”.
Ela afirma que vítimas de estupros estão sendo contatadas para realizar o procedimento, vital na composição da investigação destes crimes considerados em série, mesmo que o abuso não tenha passado de uma tentativa.
Ouvido pelo Correio de Carajás, Paulo Roberto afirmou não ser o responsável pelos crimes, pontuando que tem família, mora há 14 anos em casa da Avenida Castanheira, no Bairro Tropical, e não faz a menor ideia de porquê foi preso.
“Eu estava na minha casa, me pegaram lá, me jogaram dentro do carro e agora estou aqui. Não sou estuprador”, disse ele em entrevista. O acusado, que alegou ser vendedor de títulos de capitalização, aguarda audiência de custódia enquanto a Deam prossegue com a investigação acerca dos estupros em série. (Juliano Corrêa – com informações de Ronaldo Modesto)