O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou soldados feridos em um hospital na capital Kiev neste domingo. Segundo o governo local, o líder ucraniano entregou aos combatentes “medalhas por sua coragem e desejou-lhes uma rápida recuperação”. Os militares participaram de combates nos arredores de Kiev antes de serem feridos.
“Fiquem bem logo. Acredito que o melhor presente para vocês será nossa vitória comum!”, disse o presidente aos soldados, segundo reportou o ministério da Defesa. Zelensky ainda tirou selfies e agradeceu às equipes médicas que cuidam dos feridos. Ele informou haver também um membro das forças armadas da Rússia internado na unidade de saúde.
O número de baixas entre militares ucranianos e russos desde o início da guerra em 24 de fevereiro é incerto. A Rússia afirma que mais de 2.800 soldados ucranianos foram mortos nos combates, mas o governo da Ucrânia confirma 1.300 óbitos. Conforme o Washington Post, militares dos Estados Unidos estimaram na semana passada que até 4 mil soldados russos podem ter morrido desde o início do conflito.
Mais de 90 crianças mortas
Nesta segunda-feira, mísseis russos atingiram no mínimo duas áreas residenciais em Kiev. Pouco antes das 5h locais, um projétil atingiu um prédio de apartamentos em Obolon, a 12 km do centro da capital, explodindo janelas e causando um incêndio. Horas mais tarde, um míssil russo interceptado por forças ucranianas caiu numa área residencial, deixando no mínimo um morto.
Enquanto os bombardeios acontecem em várias partes do país e as forças russas registram lentos avanços contra Kiev, uma nova rodada de negociações oficiais entre a Ucrânia e a Rússia acontece nesta segunda-feira por videoconferência.
Desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 90 crianças morreram, de acordo com dados do gabinete do procurador-geral da Ucrânia. “O maior número de vítimas está nas regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk, Chernihiv, Sumy, Kherson, Mykolayiv e Zhytomyr”, afirmou, em comunicado.
De acordo com gabinete da vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, 10 corredores humanitários foram negociados para serem abertos nesta segunda-feira para a retirada de civis. Sete deles ficam em Kiev e os outros três estão em Luhansk, região no Leste. Segundo ela, a Ucrânia tentará mais uma vez enviar um comboio humanitário com alimentos e remédios para a cidade sitiada de Mariupol, sem luz, água e energia há 14 dias.
(Fonte:O Globo)