Correio de Carajás

Preço do gás de cozinha dispara e chega a R$ 145,00 em Parauapebas

O Município tem a segunda maior média de preço do gás de cozinha de 13kg. Efeito nos constantes reajustes recai sobretudo nas classes mais baixas da população

O Escritório Regional do Pará do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA) divulgou, nesta quarta-feira (18), um estudo com o balanço da trajetória de alta no preço da unidade do botijão de gás de cozinha de 13kg nos últimos 12 meses.

Preços do gás de cozinha de 13kg no Município vairam entre R$ 140,00 e R$ 145,00 – Foto: Ronaldo Modesto

De acordo com o levantamento, em abril de 2021 o produto era comercializado, em média, a R$ 92,46 em postos de venda no Estado do Pará. Ao fim do ano, em dezembro, a média aumentou para R$ 109,57. Com os aumentos liberados pela Petrobras no início de 2022, o preço médio passou de R$ 110,81 em janeiro para R$ 121,84 em abril, um reajuste de cerca de 11%.

Aumento no valor do gás de cozinha foi de 31,23% em 12 meses

O Estado do Pará é apontado como o 10º maior preço médio no valor do botijão de gás de cozinha de 13kg. O município de Abaetetuba tem a menor média no Estado — R$ 110,50 – e Parauapebas ocupa a segunda colocação, com o preço médio de R$ 142,14.

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O impacto dos constantes reajustes no valor do gás de cozinha tem efeito imediato na economia da população. Algumas pessoas – sobretudo de classe baixa – têm sido obrigadas a buscar alternativas ao gás de cozinha.

O Município de Parauapebas tem o segundo maior preço médio no botijão de gás de cozinha de 13kg

É o caso da dona de casa Arlane da Silva Lima, de 28 anos, moradora da Vila Cedere I, em Parauapebas, que tem optado pelo fogão a lenha como forma de tentar economizar, e é onde cozinha a maior parte das refeições do dia-a-dia para o marido e os dois filhos.

Arlane fala sobre as dificuldades que tem encontrado no dia-a-dia com os constantes aumentos nos preços de itens essenciais, como o gás de cozinha – Foto: Ronaldo Modesto

Antonia Maria da Silva, de 61 anos – outra moradora da Vila –, tem feito o mesmo, revezando entre o fogão a lenha e o gás, tentando garantir ao menos dois meses de vida útil para cada botijão. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)