Conforme o escritório paraense do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta terça-feira (19), nos primeiros nove meses deste ano, entre janeiro e setembro, a alta acumulada no preço do botijão de gás de cozinha de 13 Kg já alcançou cerca de 30,00% contra uma inflação calculada em 7,21% para o mesmo período.
O cálculo é feito com base em informações oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), com o balanço da trajetória de alta no preço do botijão consumido pelos paraenses e comercializado em postos de vendas de Belém no mês passado e ao longo do ano.
Em dezembro de 2020, na capital, o produto era comercializado, em média, a R$ 80,11. No início deste ano, em janeiro, foi comercializado a R$ 82,94. Já em agosto o preço médio era de R$ 99,75 e no mês passado, setembro, a média alcançou R$ 103,57.
Leia mais:Com isso, o preço médio do botijão consumido na capital paraense ficou quase 4,00% mais caro no mês passado, em relação aos preços médios verificados no mês anterior, agosto.
Ainda segundo as análises do Dieese, em termos de impacto, até setembro, quem ganhava em Belém até um salário mínimo — R$ 1.100,00 — sofreu impacto de quase 10,00% por mês na compra de um botijão de 13 kg.
O departamento destaca que este aumento se estendeu por todo o Estado do Pará e em algumas regiões a situação é bastante pior, pois o preço já alcançou cerca de R$ 130,00.
Para a entidade, a situação é muito preocupante em função da importância do gás de cozinha para as famílias, sendo grande parte delas desempregadas e tendo apresentado queda de renda. Somente neste ano, oficialmente, a Petrobras promoveu seis alterações no preço do gás de cozinha, todas com aumentos de preços. (Luciana Marschall – com informações de Dieese/PA)