Para a etnóloga da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Mirtes Emília, é preciso pensar no dia 19 de abril com bastante lucidez e, claro, entender que essa data é para que indígenas e não indígenas relembrem das lutas travadas nos mais de 500 anos do Brasil.
“São lutas e resistências que perduram de geração em geração, buscando melhoria na qualidade de vida de seu povo e respeito à diversidade e pluralidade das muitas etnias existentes em nosso país”, diz Mirtes, ressaltando sua reverência às comunidades indígenas parceiras da FCCM através do projeto Reviver.
A Casa da Cultura de Marabá possui uma relação de admiração e profundo respeito com o jeito de ser das comunidades onde atua, e entende que, assim como os demais sujeitos mundo afora estão em constante mudanças, os sujeitos indígenas também buscam mudanças, para aprender e sobreviver aos dias atuais.
Leia mais:“Entendemos que o indígena de hoje é um cidadão do mundo, um sujeito que frequenta as universidades e que assume os variados cargos/postos de suas aldeias. Esse é o cidadão indígena dos tempos atuais. Precisamos esquecer o antigo estereótipo daquele indígena dos antigos livros de história, e percebê-lo como sujeito do presente, que interage com questões políticas e econômicas da sociedade atual, por exemplo. Há de se aceitar a diversidade indígena brasileira, amazônida e paraense, e sua participação importante na composição da identidade nacional”, finaliza Mirtes.
SALA DE ETNOLOGIA
O Museu Municipal Francisco Coelho conta com diversas salas que encantam os visitantes, entre elas, a de etnologia, que possui um holograma de um indígena, em uma imagem tridimensional obtida a partir da projeção de luz sobre figuras bidimensionais.