Correio de Carajás

Praia do Tucunaré lotada, mas poder público não está lá

Com falta de banheiro químico, fiscalização de embarcações e policiamento, balneário se torna perigoso aos visitantes

Banheiro improvisado com plástico na Praia do Tucunaré mostra omissão do poder público

Se para alguns o veraneio em Marabá só inicia no mês de julho, para uma grande parcela da população esse é o momento perfeito para ir à Praia do Tucunaré, que é um dos principais cartões postais e símbolo do turismo na cidade.

A reportagem do CORREIO esteve neste domingo, 11, na praia mais famosa de Marabá e constatou que o marabaense já está em clima de verão. As altas temperaturas estão levando milhares de pessoas para as margens do Rio Tocantins para se refrescar do calor.

“O verão não começa só em julho. A praia começa a aparecer a gente já vem pra cá. A Praia do Tucunaré é uma das pérolas da nossa cidade, um lugar muito bonito. No entanto, a gente percebe a falta do Poder Público aqui. Falta Corpo de Bombeiros, policiamento, fiscalização e banheiro químico. Todos os anos ocorrem muitos acidentes, pessoas morrendo e é coisa que poderia ser facilmente evitada se tivesse de fato uma fiscalização”, opina o banhista Vitor Filho.

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Trabalhando há mais de oito anos em sua barraca na praia, Maranhense, como é conhecido, lamenta a falta de policiamento, e reclama que poderia trabalhar até um pouco mais tarde, se houvesse fiscalização e iluminação no balneário.

“Fica complicado, porque a gente mexe com dinheiro. O perigo é constante. Se tivesse iluminação aqui era de boa. No escuro a gente não sabe quem é quem”, lamenta o barraqueiro.

Outra trabalhadora da Praia do Tucunaré reclama da mesma situação: a falta de policiamento e banheiros químicos.

Clores Lima Costa, que trabalha há aproximadamente oito anos, vende comidas e bebidas em sua barraca e afirma que o verão já começou.

“Nossa praia hoje estava lotada, cheia de turistas e banhistas e até agora o Corpo de Bombeiros não apareceu. Não é só em julho não. O verão já começou”, diz Clores, ressaltando ainda o perigo das lanchas e motos aquáticas que transitam próximo aos banhistas.

Lanchas e moto náuticas se misturam com banhistas no maior balneário da cidade de Marabá

Para ela, é preciso que a Marinha do Brasil fiscalize os motoristas e que haja um cordão de isolamento entre banhistas e lanchas.

Durante o tempo em que a reportagem do CORREIO esteve na Praia do Tucunaré, dezenas de rabetas realizavam o transporte de banhistas que não utilizavam o colete salva-vidas.

O CORREIO entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Marabá que informou que ainda não há programação para o veraneio deste ano. E em relação aos banheiros químicos, foi informado que eles serão montados nos próximos dias. (Da Redação)