Nesta terça-feira (2), quem buscou atendimento nos postos de saúde de Marabá foi surpreendido com portões fechados e uma placa informando que o atendimento só seria retomado na quarta-feira (3), graças a um ponto facultativo assinado pelo prefeito local. A medida gerou insatisfação entre os moradores, que classificam a situação como descaso e desrespeito.
O aposentado Edivaldo Alves expressa sua indignação, destacando o desprezo com a população. Ele ressalta a necessidade de pelo menos um aviso, especialmente para aqueles com exames marcados: “Isso é um desrespeito com a população. Não pode parar, não pode parar. Tem que continuar. Como vamos resolver a questão da saúde assim?”, questiona.
Luzinete de Jesus, dona de casa, também manifestou sua insatisfação com a situação, considerando o ponto facultativo como inadequado após as festividades de final de ano. “A festa acabou, gente. Dia 2 de janeiro em diante já é hora de voltar todo mundo para seu serviço, né? A gente vem para o posto encontrar tudo fechado, sem nenhuma explicação. Isso é muito ruim para a população”, lamenta
Leia mais:Todas as Unidades Básicas de Saúde estavam fechadas, até mesmo o Centro Integrado de Referência à Saúde da Mulher (CRISMU), na Folha 33. Em nenhum local houve atendimento, o que a obrigou todos a retornarem no dia seguinte, podendo enfrentar filas bem maiores do que o de costume.
Ao ser questionada, a Prefeitura de Marabá emitiu uma nota justificando que, em função do ponto facultativo informado desde o dia 23, todas as consultas e atendimentos nos postos de saúde foram remarcados a partir do dia 4 de janeiro. A nota também ressaltou que as unidades de saúde não são destinadas a atendimentos emergenciais, mas sim para agendados, e que o Hospital Municipal de Marabá (HMM) está reforçado com médicos para atendimento emergencial.
Contudo, as placas afixadas nos portões fechados dos postos de saúde contradizem a nota, informando à população que o atendimento voltaria ao normal já na quarta-feira (3). Diante dessa divergência, permanece a incerteza sobre quando os moradores de Marabá poderão procurar as unidades de saúde pública. (Thays Araujo e Chagas Filho)