Na manhã desta terça-feira, 30, foi inaugurado o novo prédio da Coordenação de Controle de Mercadorias em Trânsito de Carajás (Cecomt), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). O local também irá contemplar o posto de fiscal do órgão. A nova sede está localizada no KM 16 da BR-230, já na área do município de São João do Araguaia.
A antiga instalação funcionava no KM 8, em frente ao 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS), com a mudança ele foi desativado integralmente.
O trecho da BR-230 localizado entre a rotária do KM 06 e o final do Bairro Cidade possui um intenso vai e vem de veículos pesados e carros de passeio. Somando a isso, a largura estreita da rodovia e a proximidade do antigo posto aos quarteis do exercito brasileiro, resultavam em um trânsito conturbado.
Leia mais:Segundo as autoridades presentes na cerimônia de inauguração, a troca de local do posto de fiscalização de mercadoria em trânsito foi realizada em atenção a uma antiga demanda da comunidade que vive no entorno do antigo posto.
A mudança de local era necessária para desafogar o trânsito daquela região. Além disso, a nova instalação fica em uma área estratégica, próxima à fronteira do estado do Pará com o Tocantins, rota de entrada de muitas cargas que veem de outras regiões do país.
Agora, com o posto fiscal distante da área urbana, a via que liga os bairros Cidade Jardim, Delta Park e Total Ville à Marabá ganha mais fluidez, permitindo que os moradores do entorno se locomovam com mais facilidade. O impacto da realocação atinge também os estudantes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e da Faculdade Anhanguera, que diariamente transitam por esse trecho.
René de Oliveira e Sousa Júnior, secretário da Fazenda do Estado do Pará, reflete que Marabá cresceu e os postos de fiscalização acabaram ficando dentro da cidade. Na oportunidade ele também ressaltou a importância da instalação: “O estado do Pará importa cerca de 80% de suas mercadorias de outros estados, vindas do Sul e do Sudeste do país, por isso é muito importante o controle do trânsito de mercadorias”.
O prédio onde foi instalado o Cecomt Carajás é novo, e foi construído exclusivamente para essa função. Vale ressaltar que esse empreendimento não pertence ao Estado, mas foi alugado por ele. Por mês, o governo do Pará irá desembolsar 28 mil reais para pagamento do aluguel da propriedade. Segundo informações de René, um empresário se dispôs a construir e alugar o espaço, que foi erguido de acordo com as especificações do órgão.
A estrutura conta com um bloco de fiscalização, um de segurança, e um de administração; oito alojamentos destinados a homens e mulheres, sendo que cada um é contemplado com duas camas, armários, cômoda, banheiro e central de ar. Cozinha, lavanderia e banheiros externos completam o complexo. A sede foi construída ao lado de uma empresa de logística.
Os metros à frente da fachada do complexo irão funciona como um pátio, onde os veículos fiscalizados poderão parar e estacionar. Além disso, do outro lado da rodovia, um acostamento foi criado com a mesma finalidade.
Apesar da robusta infraestrutura da unidade, o lado externo chama a atenção por um detalhe: o pátio e o acostamento são de terra batida e foram cobertos com cascalho, o risco é de que a região não suporte o peso dos veículos pesados, e acabe se transformando em um transtorno para aqueles que passam e trabalham por ali, principalmente em período de chuva.
Entre as autoridades presentes da cerimônia, João Chamon Neto, secretário Regional de Governo do Sul e Sudeste do Pará, falou à Reportagem do CORREIO que vê a mudança como um benefício para a população da região: “Hoje nós estamos aqui beneficiando aqueles que entram e saem de Marabá com uma melhor mobilidade nesse acesso. Os postos construídos há muitos anos vinham causando transtornos a comunidade. É um momento importante para a região sul e sudeste do Estado”.
Gustavo Bozola, coordenador de Mercadorias em Trânsito de Carajás, esclarece que cerca de 24 servidores irão atuar no complexo. Questionado pela Reportagem sobre quais as cargas mais apreendidas na região, ele aponta os carregamentos de combustível, minério, bebida alcoólica e madeira.
“Aqui ficou mais livre, mais espaço, mais sossego, tanto para o nosso dia a dia quanto para quem mora na região de onde ele saiu. Aqui também têm vários desvios de rota usados por alguns caminhoneiros para fugirem da fiscalização no posto”, explica. Ele finaliza dizendo devido a localização do novo posto, os caminhoneiros não irão mais usar as rotas alternativas. (Luciana Araújo)