Lídines Miranda Silva, de 25 anos, foi presa em flagrante na tarde desta sexta-feira (14), suspeita de matar o próprio filho, um bebê de apenas dois meses e nove dias de vida. A vítima foi morta por estrangulamento, em uma construção localizada entre as ruas Krahó e Nukuins, no Bairro Parque dos Carajás, próximo ao endereço que reside, em Parauapebas.
Às 12h40, o sargento Bonfim, da Polícia Militar, foi o responsável por atender a chamada indicando a existência do corpo na construção. “Recebemos uma denúncia de um suposto homicídio de uma criança, quando chegamos ao local, realmente tinha acontecido o fato”. O policial acionou o Corpo de Bombeiros, que constatou o óbito do menino, em seguida, a Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML) foram chamados para os procedimentos cabíveis.
Ainda de acordo com o sargento, testemunhas informaram o paradeiro da mãe, que estava a poucas ruas do local que o corpo do bebê foi encontrado. “Ela não estava no seu normal, quando fizemos a detenção, ela estava sem roupa, foi preciso pedir uma roupa para uma vizinha para vesti-la, mas logo em seguida, ela tirou”, descreveu o sargento.
Leia mais:O policial ouviu o pai da criança e marido de Lídines, que informou que a esposa já estaria surtando dias atrás, chegando a ficar transtornada.
A delegada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), Ana Carolina, será a responsável por conduzir o caso. Ela disse ao Correio de Carajás que Lídines “aparenta estar em surto psicótico, mas quem vai solicitar a comprovação disso é a defesa dela”. A mulher ainda será ouvida, além das testemunhas, já as crianças que estavam no local, serão ouvidas por uma escuta especial para entender o que de fato aconteceu, informou a delegada.
A avó do menino, Nalva Miranda, compareceu à delegacia e disse ao Correio de Carajás que soube do ocorrido através de um telefonema do marido da filha. “Ele me disse que minha filha tinha chamado as crianças para tomar um banho em uma caixa d’água, quando ela surtou, pegou um machado e começou a quebrar as coisas na casa”.
Segundo Nalva, o genro teria dito que a filha dizia que na casa tinha um demônio, então, teria saído com duas meninas e o filho dela em direção à rua. Nalva também informou à reportagem que a filha é mãe de uma menina de quatro anos e do bebê morto. A avó estava muito emocionada durante a entrevista, chorando muito. Até ali, ela ainda não tinha a confirmação do óbito. (Ronaldo Modesto e Theíza Cristhine)