Ana Carolina Gama é empreendedora, barista e comanda uma cafeteria em Marabá. Por estar mergulhada no universo do café, com frequência ela é questionada sobre a recente alta nos preços do líquido precioso. “De novembro para cá, muita gente me pergunta por que o café subiu tanto”, conta.
Segundo a profissional, para entender isso, é essencial conhecer cada etapa do processo de produção. “Não é uma questão de opinião”, garante ela. O aumento tem causas concretas, como a alta demanda global, inclusive em países como a China, onde o hábito de consumir café vem sendo incentivado. Mas o principal vilão, afirma, é a crise climática.
Em sua cafeteria ela serve o café arábica, tipo que exige condições muito específicas de solo e clima. “Queimadas, geadas e mudanças climáticas severas têm afetado a produção, reduzido a oferta e causado desabastecimento”, aprofunda Ana.
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Esse impacto recai diretamente sobre o produtor e, claro, chega até as prateleiras do mercado, alerta a barista. O que antes era visto como um produto simples e acessível, hoje carrega o peso de uma cadeia afetada por um planeta em desequilíbrio. (Luciana Araújo)