Correio de Carajás

Por ordem de Helder, buscas a desaparecido na mata são retomadas por Bombeiros e Exército

Uma conversa rápida com o governador Helder Barbalho durante sua passagem por Marabá na última sexta-feira, 7, foi determinante para a retomada das buscas por Giliard Reis Santos, que está desaparecido na mata desde o dia 10 de abril, portanto há 27 dias.

A esposa de Giliard, Neidiane Ribeiro dos Santos, esperou o momento certo entre o final de um curso para educadores e a formatura de policiais militares no Centro de Convenções Carajás para aproximar-se do governador Helder Barbalho e clamar pelo retorno das buscas. Alguns PMs tentaram blindar o acesso dela ao gestor estadual, mas acabaram retrocedendo ao perceberem que ela estava na companhia de outras autoridades.

Quando Neidiane começou a falar com o governador, ele disse que já sabia do caso e que havia determinado o retorno das buscas. Ficou definido que o Corpo de Bombeiros atuaria por mais cinco dias ininterruptos e, caso haja mais evidências da presença de Giliard na floresta, o tempo na mata será estendido.

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Com isso, o Corpo de Bombeiros voltou a pedir auxílio do Exército Brasileiro e o 52º Batalhão de Infantaria de Selva disponibilizou 10 homens para ajudar nas buscas. Eles seguiram de avião de Marabá até Carajás e de lá foram levados de helicóptero para o ponto onde Giliard foi visto pela última vez. “Estou esperançosa e agradecida ao governador Helder Barbalho e aos militares que voltaram às buscas”, disse Neidiane, revelando que ontem, também, o grupo de voluntários que foi para a floresta auxiliar nas buscas na semana passada, retornou nesta segunda-feira.

FINANCIAMENTO ILEGAL

A Reportagem do Correio recebeu informação exclusiva e de fonte segura que um comerciante da Folha 28, Nova Marabá, teria financiado o grupo de garimpeiros em que Giliard Reis estava e que saiu de Marabá em fevereiro deste ano. O objetivo era específico: procurar ouro e dividir parte do produto encontrado com o referido comerciante, cujo nome não está sendo divulgado por motivos óbvios.

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), também, segundo outra fonte, está investigando grupos de garimpeiros que estão entrando na Reserva Biológica do Tapirapé e pretende realizar uma grande operação para prender pessoas e frear o garimpo ilegal, que causa muitos danos ao meio ambiente. (Ulisses Pompeu)