O município de Parauapebas está correndo contra o tempo para tentar encontrar uma área para ser o novo cemitério da cidade. É que atual, localizado na Rodovia Faruk Salmen, já teve todo o espaço liberado para sepultamento lotado.
Uma área de 40 metros foi improvisada no local, mas a previsão é que até dezembro seja também toda utilizada, em vista ao alto índice de violência na cidade, segundo informou o coordenador do cemitério, Juvenal de Lima Freire. Ele observa que a prefeitura está buscando com urgência uma nova área, que seja viável para o novo cemitério, já que é preciso ter licenciamento ambiental.
Juvenal ressalta que o espaço liberado para sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade, inaugurado em 2000, lotou este ano, estando enterrada no local cerca de 11 mil pessoas. O município ainda conseguiu mais 40 metros, mas esse é o limite, já que o restante da área do cemitério é de preservação ambiental.
Leia mais:“A gente acredita que até dezembro ainda dê para fazer sepultamento. Tudo também vai depender da demanda, se tiver muitos sepultamentos diários esse prazo pode ser menor”, alerta o coordenador.
Segundo ele, nos últimos anos a maioria dos sepultamentos feita no cemitério é de jovens na faixa etária de 13 a 20 anos, boa parte vítima da violência e de acidentes de transito. “É realmente lamentável essa realidade, mas é o que vem acontecendo no município”, diz Juvenal.
Ele detalha que existe um estudo para transformar uma parte da área do cemitério já ocupada em túmulos verticais. Isso abriria novas vagas. “Ainda está em fase de estudo, mas é uma saída, enquanto não se encontra uma nova área”, acrescenta ele.
No cemitério já são realizados sepultamentos em covas verticais, mas subterrâneas e em jazigos de famílias. O modelo sai mais caro que o sepultamento em cova normal, custando em média R$ 1,2 mil. “Não é tão barato, mas tem sido a saída para algumas famílias que já têm túmulo no cemitério”, destaca Juvenal.
Além do Cemitério Jardim da Saudade, Parauapebas tem um cemitério no Bairro Rio Verde, o pioneiro da cidade, mas no local não é mais realizado sepultamento. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)