Inaugurada no final de 2022, ou seja, há pouco mais de seis meses, a ponte sobre o Rio Taurizinho, que dá acesso à Vila Mussal, distante 27 km da cidade de São Domingos do Araguaia, está com sua estrutura abalada desde o último final de semana. A estrutura de concreto armado mede 55 metros de comprimento e apresentou um deslocamento vertical do pilar central, o que tem comprometido a segurança de veículos e pedestres.
A denúncia chegou ao CORREIO por meio de moradores da região da Vila Mussal, que enviaram vídeos e criticaram o que chamaram ironicamente de principal obra do governo da prefeita Elizane Soares, que envolve recursos da ordem de R$ 4.800.000,00 dos cofres públicos para uma única empresa. “A gente não passa mais com caminhão ou camionete por aqui, porque o risco de desabar e a gente perder o veículo é enorme”, disse o motorista Carlos Eduardo Arruda, 33 anos.
O vaqueiro José Andrade, 40, também reclamou da qualidade do serviço e questiona quem vai pagar a conta pela obra que precisará ser feita para restabelecer a ponte. “Agora, além do valor, eu quero saber quanto tempo ela vai ficar assim. Os engenheiros que fizeram essa obra precisam voltar para a faculdade”, criticou.
Leia mais:Os moradores das vilas Maria da Mussal, Paulo Fonteles e Água Fria, que dependem da referida ponte, agora se submetem a desvios para ter acesso ao município, deixando a viagem 30 km mais longa.
A reportagem do Correio de Carajás procurou a prefeita Elizane Soares, que por sua vez informou saber da situação e que a empresa responsável, Construtora Barbosa Andrade, já havia sido notificada para averiguar e solucionar o problema.
“O contrato ainda está vigente e, portanto, é de total responsabilidade da construtora sanar o problema o mais rápido possível”, disse ela. O governo municipal fechou contrato num valor que ultrapassa R$ 4,8 milhões com a Construtora Barbosa Andrade para ergue três pontes na mesma medida e sobre o mesmo rio.
A reportagem do CORREIO também entrou em contato com Bruno Andrade, representante da empresa responsável pela obra. Ele alegou que seria necessário um estudo aprofundado no solo para identificar o que de fato aconteceu. “Já estamos trabalhando para corrigir o problema o quanto antes. Precisamos refazer uma análise no solo e identificar o problema, para solucionar de uma vez por todas” disse ele, garantindo que não houve deterioração da estrutura da ponte. (Luiz Carlos Silva – freelancer)