Correio de Carajás

Pontal:Tudo perto de onde todos moram

Morando praticamente no centro comercial da cidade, os moradores do Cabelo Seco, não precisam pegar transportes público para ir a lojas, supermercados ou agências bancárias, por exemplo. Além disso, estão em um dos pontos mais belos de Marabá, podendo ver todos os dias o encontro dos rios que banham a cidade, desfrutando de um belo final de tarde e um pôr-do-sol de tirar o fôlego.

Considerado o bairro mais antigo da cidade, o Cabelo Seco guarda a história de quando Marabá ainda nem sonhava em se tornar a principal cidade-polo da região sudeste. A reportagem do CORREIO esteve na praça do bairro, onde fica o monumento de Francisco Coelho da Silva. Mas, em vez de encontrar a memória preservada, o que se viu foram entulhos e sujeira no local, às vésperas do aniversário de 105 anos da cidade.

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Questionado pelo Correio, Fábio Moreira, secretário de Viação e Obras Públicas (Sevop) da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), atualmente alguns reparos estão sendo feitos na praça, como colocação de bancos e calçadas. “Estamos negociando uma área para retirar a creche que fica localizada na praça para, posteriormente, efetuar uma reforma geral, ampliando a área de lazer para a comunidade”.

Os moradores ouvidos pela Reportagem disseram que a Prefeitura se faz presente no bairro, seja na limpeza urbana ou coleta de lixo. “O Tião [Miranda] vem conversar com a gente. Ele é daqui do bairro, sabe das nossas mazelas. Inclusive agora, com a construção anunciada da orla de contenção do rio neste trecho, ele tem vindo aqui conversar conosco. Muita gente não pretende sair daqui, eu sou uma dessas pessoas”, afirma Divina.

História

Em busca de outros locais para viver, após lutas sangrentas na região de Goiás, Carlos Leitão e mais um grupo de seguidores, vieram para as proximidades do Rio Itacaiúnas em meados de 1894, onde pretendiam instalar um “Burgo Agrícola”.

Com a descoberta da presença de caucho na região, em 1897, houve uma intensa migração nordestina para a região dos cauchais. Entre os migrantes estava Francisco Coelho da Silva, que no ano seguinte deixa o burgo para se estabelecer na junção dos rios Tocantins e Itacaiúnas, abrindo um pequeno comércio, a Casa Marabá, passando a negociar com os extratores do caucho que subiam e desciam os rios.

Em 1904, com a morte de Carlos Leitão, a subprefeitura do “Burgo” foi transferida para o Pontal, que na época já possuía 1.500 habitantes e já era chamado de Marabá.

Somente nove anos depois, em 5 de abril de 1913, o então governador do Pará, Enéas Martins, criou o município de Marabá, atendendo aos apelos da comunidade local e a reinvindicação de autoridades da região.

(Ana Mangas)

 

 

Morando praticamente no centro comercial da cidade, os moradores do Cabelo Seco, não precisam pegar transportes público para ir a lojas, supermercados ou agências bancárias, por exemplo. Além disso, estão em um dos pontos mais belos de Marabá, podendo ver todos os dias o encontro dos rios que banham a cidade, desfrutando de um belo final de tarde e um pôr-do-sol de tirar o fôlego.

Considerado o bairro mais antigo da cidade, o Cabelo Seco guarda a história de quando Marabá ainda nem sonhava em se tornar a principal cidade-polo da região sudeste. A reportagem do CORREIO esteve na praça do bairro, onde fica o monumento de Francisco Coelho da Silva. Mas, em vez de encontrar a memória preservada, o que se viu foram entulhos e sujeira no local, às vésperas do aniversário de 105 anos da cidade.

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Questionado pelo Correio, Fábio Moreira, secretário de Viação e Obras Públicas (Sevop) da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), atualmente alguns reparos estão sendo feitos na praça, como colocação de bancos e calçadas. “Estamos negociando uma área para retirar a creche que fica localizada na praça para, posteriormente, efetuar uma reforma geral, ampliando a área de lazer para a comunidade”.

Os moradores ouvidos pela Reportagem disseram que a Prefeitura se faz presente no bairro, seja na limpeza urbana ou coleta de lixo. “O Tião [Miranda] vem conversar com a gente. Ele é daqui do bairro, sabe das nossas mazelas. Inclusive agora, com a construção anunciada da orla de contenção do rio neste trecho, ele tem vindo aqui conversar conosco. Muita gente não pretende sair daqui, eu sou uma dessas pessoas”, afirma Divina.

História

Em busca de outros locais para viver, após lutas sangrentas na região de Goiás, Carlos Leitão e mais um grupo de seguidores, vieram para as proximidades do Rio Itacaiúnas em meados de 1894, onde pretendiam instalar um “Burgo Agrícola”.

Com a descoberta da presença de caucho na região, em 1897, houve uma intensa migração nordestina para a região dos cauchais. Entre os migrantes estava Francisco Coelho da Silva, que no ano seguinte deixa o burgo para se estabelecer na junção dos rios Tocantins e Itacaiúnas, abrindo um pequeno comércio, a Casa Marabá, passando a negociar com os extratores do caucho que subiam e desciam os rios.

Em 1904, com a morte de Carlos Leitão, a subprefeitura do “Burgo” foi transferida para o Pontal, que na época já possuía 1.500 habitantes e já era chamado de Marabá.

Somente nove anos depois, em 5 de abril de 1913, o então governador do Pará, Enéas Martins, criou o município de Marabá, atendendo aos apelos da comunidade local e a reinvindicação de autoridades da região.

(Ana Mangas)