Correio de Carajás

Fórum de mobilidade urbana tem pouca participação

Com baixa participação popular, aconteceu na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Marabá, o 1º Fórum Municipal de Mobilidade Urbana, voltado aos representantes da gestão pública municipal, de entidades e da comunidade. Conforme o secretário Municipal de Planejamento, Karam El Hajjar, este primeiro fórum marca o início do debate público acerca da criação do Plano de Mobilidade Urbana do município

Conforme a Lei 12.587, de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, passou a ser obrigatório que municípios com mais de 20 mil habitantes instituam Plano de Mobilidade Urbana. O prazo inicial para isso era 2015, porém foi prorrogado para abril de 2018.

“Acho que temos que ir atrás da mobilidade e não só em função da lei, mas sim porque é uma necessidade básica do município tratar dessa questão. O fórum é a oportunidade de termos a contribuição das pessoas, daquelas com restrição de mobilidade, enfim, participação popular é importante neste momento”, comentou o secretário.

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Ele reconhece que haverá dificuldade para se implantar o plano. “Marabá é uma cidade complexa e isso está se agravando ao longo dos anos, eu acho que faltou participação do Poder Público durante alguns anos de gestão, mas nunca é tarde então agora é hora de discutirmos isso e tratarmos com seriedade, fazer um plano sustentável e exequível”.

Em 2005, destaca, a frota da cidade era de 25 mil veículos, número que saltou para 104 mil em 2017. “E o que melhorou no sistema viário?”, questiona, observando que a última e única obra de adequação foi a duplicação da Rodovia Transamazônica. “E vai estrangulando, sendo que a mobilidade passa a ser afetada e a população passa a ser afetada diretamente. É hora de debater de que forma a gente pode melhorar isso, claro que dentro da capacidade financeira do município, temos restrições, mas acho que se pensar em conjunto a gente consegue avançar neste sentido”, observou.

No início deste ano, a atual administração focou em realizar a revisão do Plano Diretor, que deve servir de base para a elaboração do Plano de Mobilidade. “Durante os oito primeiros meses fizemos isso, altamente debatido, e melhoramos o Plano Diretor. Dentro dele já está disposta a questão da mobilidade. E eles tem que caminhar juntos, o Plano Diretor é o plano mãe e os demais dependem dele”.

Atualmente o Plano Diretor está na Câmara Municipal de Marabá para apreciação. “Lá já estão tratadas questões como as calçadas e viária, por exemplo, e o plano de mobilidade dependia disso, estão ligados”. O atual plano está sendo construído em quatro fases. A primeira, iniciada em outubro, foi a de planejamento e mobilização.

Agora estão em andamento as segunda e terceira, que implicam em levantamento de informações e reuniões técnicas com as secretarias envolvidas, além do diagnóstico dessas informações, o que deve durar até dia 10 de janeiro. “Depois disso e de ouvir a opinião popular, também tem um questionário no site da PMM, vamos analisar todas a informações e começar a trabalhar o projeto de lei que deve ser encaminhado para a Câmara em fevereiro”.

Para o cadeirante Luiz Claudio Dias Cordeiro, vice-presidente União de Pessoas com Deficiência do Sul e Sudeste do Pará (Uniforças), Marabá apresenta dificuldades imensas para as pessoas que possuem mobilidade reduzida. “”A maior dificuldade que a gente encontra, enquanto portadores de necessidades especiais, é de estarmos nos locomovendo dentro da cidade. É uma barreira para a gente, tanto nas calçadas como pegar transporte para se certos locais”, diz.

Ele utiliza uma cadeira de rodas motorizada, relata, mas nem isso foi capaz de melhorar seu dia a dia em relação à mobilidade. “Não tem local pra andar. Se eu ando nas ruas o pessoal reclama, mas não tem calçada para a gente, muito desnível. Tem algumas calçadas novas que falta largura, só tem 1,76m E tinha que ter 12 metros. É muito triste para quem é deficiente”.

Ele ressalta, ainda, que idosos e ciclistas também sofrem com o problema. “Não tem espaço para a gente. Muita gente me chama de louco porque vou para a Velha Marabá na minha cadeira motorizada, mas se tivesse ciclovia eu iria por ela porque o transporte urbano não está apropriado para portadores de necessidades especiais”.

Conforme Cordeiro, é comum os cadeirantes não conseguirem pegar os ônibus adaptados. “Tem, mas às vezes o elevador tá quebrado, às vezes acho que é preguiça dos motoristas que param e dizem que tá quebrado pra não ter que ter o trabalho. Mandam esperar outro, isso quando passa. De 10 veículos acho que só dois estão adaptados e ainda dizem que está com elevador quebrado. É uma falta de vergonha muito grande pra nossa cidade. É muito feio”, desabafou.

A programação do evento, que teve início às 8 horas, contou com palestras ministradas por engenheiros civis e arquitetos, tratando da elaboração do plano e dos desafios e dificuldades relacionadas à mobilidade urbana. Ao fim, houve o debate com a plenária e o encerramento. Simultaneamente, no hall ficaram expostos trabalhos acadêmicos desenvolvidos sobre a temática.   (Luciana Marschall e Nathália Viegas)

Com baixa participação popular, aconteceu na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Marabá, o 1º Fórum Municipal de Mobilidade Urbana, voltado aos representantes da gestão pública municipal, de entidades e da comunidade. Conforme o secretário Municipal de Planejamento, Karam El Hajjar, este primeiro fórum marca o início do debate público acerca da criação do Plano de Mobilidade Urbana do município

Conforme a Lei 12.587, de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, passou a ser obrigatório que municípios com mais de 20 mil habitantes instituam Plano de Mobilidade Urbana. O prazo inicial para isso era 2015, porém foi prorrogado para abril de 2018.

“Acho que temos que ir atrás da mobilidade e não só em função da lei, mas sim porque é uma necessidade básica do município tratar dessa questão. O fórum é a oportunidade de termos a contribuição das pessoas, daquelas com restrição de mobilidade, enfim, participação popular é importante neste momento”, comentou o secretário.

Ele reconhece que haverá dificuldade para se implantar o plano. “Marabá é uma cidade complexa e isso está se agravando ao longo dos anos, eu acho que faltou participação do Poder Público durante alguns anos de gestão, mas nunca é tarde então agora é hora de discutirmos isso e tratarmos com seriedade, fazer um plano sustentável e exequível”.

Em 2005, destaca, a frota da cidade era de 25 mil veículos, número que saltou para 104 mil em 2017. “E o que melhorou no sistema viário?”, questiona, observando que a última e única obra de adequação foi a duplicação da Rodovia Transamazônica. “E vai estrangulando, sendo que a mobilidade passa a ser afetada e a população passa a ser afetada diretamente. É hora de debater de que forma a gente pode melhorar isso, claro que dentro da capacidade financeira do município, temos restrições, mas acho que se pensar em conjunto a gente consegue avançar neste sentido”, observou.

No início deste ano, a atual administração focou em realizar a revisão do Plano Diretor, que deve servir de base para a elaboração do Plano de Mobilidade. “Durante os oito primeiros meses fizemos isso, altamente debatido, e melhoramos o Plano Diretor. Dentro dele já está disposta a questão da mobilidade. E eles tem que caminhar juntos, o Plano Diretor é o plano mãe e os demais dependem dele”.

Atualmente o Plano Diretor está na Câmara Municipal de Marabá para apreciação. “Lá já estão tratadas questões como as calçadas e viária, por exemplo, e o plano de mobilidade dependia disso, estão ligados”. O atual plano está sendo construído em quatro fases. A primeira, iniciada em outubro, foi a de planejamento e mobilização.

Agora estão em andamento as segunda e terceira, que implicam em levantamento de informações e reuniões técnicas com as secretarias envolvidas, além do diagnóstico dessas informações, o que deve durar até dia 10 de janeiro. “Depois disso e de ouvir a opinião popular, também tem um questionário no site da PMM, vamos analisar todas a informações e começar a trabalhar o projeto de lei que deve ser encaminhado para a Câmara em fevereiro”.

Para o cadeirante Luiz Claudio Dias Cordeiro, vice-presidente União de Pessoas com Deficiência do Sul e Sudeste do Pará (Uniforças), Marabá apresenta dificuldades imensas para as pessoas que possuem mobilidade reduzida. “”A maior dificuldade que a gente encontra, enquanto portadores de necessidades especiais, é de estarmos nos locomovendo dentro da cidade. É uma barreira para a gente, tanto nas calçadas como pegar transporte para se certos locais”, diz.

Ele utiliza uma cadeira de rodas motorizada, relata, mas nem isso foi capaz de melhorar seu dia a dia em relação à mobilidade. “Não tem local pra andar. Se eu ando nas ruas o pessoal reclama, mas não tem calçada para a gente, muito desnível. Tem algumas calçadas novas que falta largura, só tem 1,76m E tinha que ter 12 metros. É muito triste para quem é deficiente”.

Ele ressalta, ainda, que idosos e ciclistas também sofrem com o problema. “Não tem espaço para a gente. Muita gente me chama de louco porque vou para a Velha Marabá na minha cadeira motorizada, mas se tivesse ciclovia eu iria por ela porque o transporte urbano não está apropriado para portadores de necessidades especiais”.

Conforme Cordeiro, é comum os cadeirantes não conseguirem pegar os ônibus adaptados. “Tem, mas às vezes o elevador tá quebrado, às vezes acho que é preguiça dos motoristas que param e dizem que tá quebrado pra não ter que ter o trabalho. Mandam esperar outro, isso quando passa. De 10 veículos acho que só dois estão adaptados e ainda dizem que está com elevador quebrado. É uma falta de vergonha muito grande pra nossa cidade. É muito feio”, desabafou.

A programação do evento, que teve início às 8 horas, contou com palestras ministradas por engenheiros civis e arquitetos, tratando da elaboração do plano e dos desafios e dificuldades relacionadas à mobilidade urbana. Ao fim, houve o debate com a plenária e o encerramento. Simultaneamente, no hall ficaram expostos trabalhos acadêmicos desenvolvidos sobre a temática.   (Luciana Marschall e Nathália Viegas)