Cinquenta policiais militares participaram, nesta semana, do primeiro módulo de capacitação para atuar no Colégio Militar Rio Tocantins (CMRio), funcionando desde o ano passado fruto de parceria entre a Prefeitura Municipal de Marabá e Polícia Militar do Pará.
Segundo o coronel Carlos Emílio Ferreira, que está na coordenação no projeto desde 2017, fase inicial de implantação, a turma de supervisores militares terá que cumprir grade de 90 horas/aula para se formar. Os próximos dois módulos ocorrem em abril e maio.
“A intenção é capacitá-los para trabalharem no projeto. Na escola, os policiais fazem o controle disciplinar e ministram também disciplinas de caráter cívico militar, isso já foi inserido no currículo. É trabalho deles o monitoramento de comportamento e atitudes dos alunos, horário de chegada e saída e o resgate de valores cívicos”, explicou.
Leia mais:Ontem, terça-feira (12), houve reunião entre os gestores militares e corpo técnico civil da escola. De acordo com o coronel, o objetivo era trocar informações de modo geral neste início de ano. “Para que possamos passar o que ocorreu no processo recente, como assinatura do convênio, e falar a mesma linguagem com quem está chegando agora no projeto, dar continuidade nos procedimentos porque várias pessoas foram modificadas no processo e ter o cuidado para que quem está chegando agora seja envolvido para que haja continuidade”, explica.
De acordo com ele, a mudança do colégio para a administração militar exigiu sensibilização das famílias, do corpo técnico, dos gestores e também dos próprios policiais, a escola já vem colhendo frutos. “Teve poder de influenciar na mudança de comportamento dos estudantes em casa, nas ruas, os relatos são positivos. Alunos que saíram estão querendo voltar em virtude do ambiente, do processo de mudança também pedagógica. Vamos buscar o aumento do Ideb do colégio a partir de agora”.
Está programada para maio a inauguração oficial da escola, já funcionando neste modelo desde agosto do ano passado. Atualmente, possui a capacidade máxima, de mil alunos, matriculada. Conforme a diretora, Helen Nyde da Silva e Sousa, em seis meses de atuação o ambiente melhorou bastante.
“Teve avanço, a reforma está para se concluir, retomamos as aulas e estamos focados no aprendizado. Essas reuniões servem para que a gente possa alinhar a sistemática, para que os comandantes saibam o que está acontecendo no colégio e possam também dar suporte para o que a gente precisa”, observa.
Ela explica que as aulas são aplicadas por professores das redes estadual e municipal e a equipe de militares atua como monitora. O CMRio oferta, atualmente, turmas do sexto ano do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio.
“Todos querem estudar aqui, não temos mais vagas. Eles querem vagas para os colegas e estão entusiasmados porque foi reformada. Estão em nova organização, as aulas acontecem, aprendem valores, ética, disciplina, respeito e o comprometimento nos estudos. São comprometidos com a formação e cidadãos protagonistas sendo formados”, conclui. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)