“Já há linhas de investigação a respeito desse crime”. A declaração foi dada ontem (12) de manhã pelo delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, sobre o assassinato do mecânico de motos, Erisvaldo Ferreira Sousa, de 35 anos, morto com 42 facadas dentro da própria casa, na madrugada de terça-feira (11). O crime aconteceu na conturbada ocupação “Residencial Magalhães”, no Núcleo São Félix.
O delegado também confirmou que foi uma criança quem primeiro viu o corpo da vítima. “A porta estava entreaberta e uma criança que passava pela calçada presenciou o corpo”, relatou o delegado, acrescentando que a identidade dessa criança será mantida em sigilo.
Embora o delegado não tenha adiantado nada sobre as pistas que a polícia tem, uma fonte disse que o assassinato pode ter motivação passional, a julgar pela quantidade de facadas desferidas contra o rapaz (42 golpes), que indicam muito ódio por parte do matador.
Leia mais:A reportagem do Jornal CORREIO esteve ontem na casa dos pais da vítima, na Folha 11 (Nova Marabá), mas eles não quiseram conversar com a Imprensa, alegando que já tinham prestado esclarecimentos à Polícia Civil.
Diante disso, a reportagem voltou até o bairro onde tudo aconteceu e nenhum vizinho quis gravar entrevista também, mas alguns comentaram que Erisvaldo, também chamado de “Neguinho da moto”, passava o dia fora de casa, trabalhando, e só retornava à residência de noite. Também era visto aos finais de semana, quando gostava de tomar uma cerveja.
Síntese
Este é o terceiro assassinato registrado na ocupação “Residencial Magalhães” desde que a área foi ocupada em abril deste ano. A maioria dos moradores que hoje residem ali simplesmente invadiu as casas inabitadas do programa “Minha Casa Minha Vida”, que nunca foi concluído. Mas a polícia fez questão e deixar claro que não é possível traçar relação direta entre os homicídios e a ocupação das casas.
(Chagas Filho)