A morte de Laila Vitória Rocha Oliveira tem levantado várias suposições e muita comoção nas redes sociais. Natural de Parauapebas, a jovem de 21 anos foi encontrada sem vida, carbonizada e com várias lesões, no sábado (25), na casa do namorado, André Ávila Fonseca, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A parauapebense teria se mudado para o Sul do país para morar com o principal suspeito do crime brutal. Segundo a imprensa gaúcha, ele ainda não se apresentou às autoridades.
Conforme a Polícia Civil da capital sulista, vizinhos do casal teriam ouviram disparos de arma de fogo na casa de André na noite do dia do crime e, imediatamente, acionado a polícia.
No local, encontraram o corpo de Laila ainda em chamas, em uma espécie de tambor. Além disso, o Instituto Médico Legal (IML) teria apontado outras lesões em diferentes partes do cadáver da jovem, entre elas, duas grandes perfurações e um corte na região da barriga.
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O Correio de Carajás conversou com a mãe da jovem nesta terça-feira (28) e Francisca Rocha Oliveira contou que mantinha contato diário com a filha, que afirmava estar bem. Contrariando o que alguns sites e portais de notícias têm divulgado, Laila nunca disse à genitora que estaria sendo agredida pelo namorado.
No entanto, a entrevistada diz que achava estranho o fato de André estar perto sempre quando a jovem ligava. A vítima também dizia, constantemente, precisar falar algo para Francisca, mas somente quando estivesse só, o que nunca aconteceu.
Em uma das últimas conversas com Francisca, Laila assegurou que voltaria para Parauapebas na sexta-feira (30). A mãe ficou sabendo do crime através da Polícia Civil, que esteve em sua casa no domingo (26) e deu a triste notícia: “Eu nem consegui conversar com a delegada. É uma tristeza sem fim. Meu coração está despedaçado”, disse, muito emocionada.
Para realizar o traslado do corpo da vítima, a família precisou fazer uma “vakinha online”. A previsão é de que Laila seja sepultada até amanhã (29).
ESPETACULARIZAÇÃO DO CASO
Muitos têm levantado nas redes sociais que a jovem teria sido assassinada em um ritual satânico, pelo fato de André afirmar em um dos seus perfis na internet ser necromante e especialista em trabalhos de magia, como rituais de vingança e quebra de feitiços e demandas. Nesse perfil, ele se apresenta como ”Victor Samedi” e possui 35 mil seguidores.
Mas, apesar das suposições, a delegada Cristiane Ramos, responsável por investigar o assassinato, afirmou que o crime não tem relação com rituais religiosos e que se trata, na verdade, de um feminicídio.
Em nota, o advogado do acusado, Jean Maicon Kruse, informa que “o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local”. A defesa também acrescentou que ”nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado”.
Por fim, o advogado informou já ter mantido contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea do cliente.
Segundo os registros policiais, André tem antecedentes criminais. Em 2007, ele foi condenado por triplo homicídio tentado. (Thays Araujo com informações de Ronaldo Modesto)