Acerto de contas ou vingança. Essas são duas das hipóteses sobre os motivos que levaram dois homens a assassinar o ex-presidiário Wellington Lopes Pereira. O Departamento de Homicídios da Polícia Civil ficou de ouvir testemunhas esta semana Wellington foi executado com nada menos de 10 tiros no final da tarde do último dia 11, no Bairro Infraero, ocupação urbana na periferia da Cidade Nova, em Marabá.
A julgar pelo que foi apurado pelos investigadores da delegacia especializada, a dupla que assassinou Wellington Lopes estava disposta a fazer o serviço a qualquer custo, pois, por volta das 15h daquele mesmo dia, ele sofreu uma tentativa de homicídio, em sua residência, Rua Belo Monte. Por esse motivo, ele estava escondido em um terreno baldio na mesma rua. Mas não adiantou: lá ele foi encontrado pelos pistoleiros e executado.
Ainda segundo o Departamento de Homicídios, por volta das 17h foi encontrado o cadáver de Wellington com pelo menos 10 tiros, que atingiram a cabeça, barriga, pernas e braços. A dificuldade de investigação se deve ao fato de que, segundo os policiais, “no local impera a lei do silêncio”.
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Fazia pouco tempo que Wellington estava em liberdade, pois no dia 5, às 21 horas, ele foi preso em flagrante, no Núcleo Marabá Pioneira, acusado de furtar uma bicicleta. Na ocasião, o dono da bicicleta mostrou aos policiais um vídeo do momento do furto e informou que Wellington (até aquele momento não identificado) estava na Orla Sebastião Miranda.
Os policiais o localizaram e ele confessou também haver furtado várias outras bicicletas. Wellington também disse ser usuário de entorpecentes e que vende os veículos para comprar mais drogas. Na ocasião, ele também delatou que um indivíduo de apelido “Curicão”, morador do Bairro Jardim União (perto do Bairro Infraero), seria o comprador dos objetos que ele furtava.
Não é possível afirmar, mas é possível supor que esse “estilo de vida” acabaria levando Wellington a contrair inimigos que um dia seriam capazes de mata-lo.
(Chagas Filho e Henrique Garcia)