A Polícia Civil de Itupiranga iniciou as investigações, por meio de inquérito policial, para investigar o assassinato de Wegener de Freitas Goes, mais conhecido como Loléia, de 35 anos. Ele era dono de uma oficina mecânica e foi morto a tiros na cabeça às 9h17 de sábado (4). Pelo menos três pessoas presenciaram o homicídio, que foi filmado por uma câmera de segurança da própria oficina onde tudo ocorreu.
Depois do crime, a Polícia Militar seguiu em diligências na tentativa de pegar o criminoso. Ele chegou a ser interceptado à altura do km 21 da Rodovia Transamazônica (sentido Marabá), mas abandonou a moto, uma CG Titan 150 de placa JVY-2926. Mas a placa estava adulterada para JVY-2828, segundo apurou a Polícia Militar.
De acordo com os policiais militares que participaram do cerco ao criminoso, o acusado se embrenhou na mata e conseguiu furar o cerco. O que existe de concreto em relação a ele são as filmagens que o exibem de forma nítida. Mas não só isso.
Leia mais:No vídeo de 1 minuto e 9 segundos, que mostra toda a execução da vítima, é possível ver a vítima sentada tranquilamente em uma cadeia, no meio da oficina, manuseando o aparelho celular, enquanto um homem se aproximando de “Loléia”, que parece não se incomodar com a presença dele.
O criminoso conversa rapidamente com a vítima, possivelmente perguntando sobre um veículo na oficina, questionando se o carro é “1.0” ou “1.6”. a conversa entre eles é pouca, pois Loléia responde, mas continua sentado tranquilo. Há uma outra pessoa sentada ao fundo, encostada na parede.
Em seguida o criminoso, que estivera na entrada da oficina, se afasta e sai do enquadramento da filmagem, como se tivesse ido embora. Logo em seguida, outro homem, que está dentro da oficina, entra em cena, tranquilamente, com o celular na mão, de boas, e comenta “Manoel é o cara, esse Manoel…”.
Nessa hora o pistoleiro reaparece, de arma em punho e atira na cabeça de “Loléia”. Ele ainda se levanta com a mão na cabeça e tenta correr, mas logo cai, com o rosto no chão, já sem nenhum movimento de defesa.
As duas pessoas que estão na cena do crime se desesperam: o rapaz que apareceu de dentro da oficina corre com tudo para a rua, enquanto o outro que estava sentado, tenta se esconder atrás da mesa; e um terceiro que havia acabado de chegar de bicicleta, também fica atarantado sem saber o que fazer. O pavor das testemunhas é gigante. Mas o criminoso não feriu nenhum deles. Sua missão estava cumprida. (Chagas Filho)