Correio de Carajás

Polícia Federal prende ex-sargento em Marabá

Carro do ex-policial foi vistoriado pelo canil da GMM, mas não havia drogas nele/Foto: Ascom/PF

Um ex-sargento da Polícia Militar de Rondônia foi preso na manhã desta quarta-feira (25), em Marabá, por agentes da Polícia Federal. A prisão ocorreu no contexto da “Operação Hierarquia”, que investiga tráfico interestadual de drogas, a partir de Porto Velho (RO). Além do ex-policial preso em Marabá, foram efetuadas mais nove prisões e cumpridos 30 mandados de busca e apreensão nos Estados de Rondônia, Sergipe, Paraná e Bahia.

Os mandados de busca e apreensão, assim como de prisões, foram expedidos pela 2ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho (RO).

Após receber voz de prisão, o ex-sargento foi conduzido pra a Delegacia de Polícia Federal de Marabá, junto com seu carro, que foi apreendido. Imediatamente, o canil da Guarda Municipal de Marabá foi acionado para auxiliar nas buscas por entorpecentes no interior do veículo. Mas não foram encontradas drogas no automóvel.

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MORTES E PRISÕES

A investigação sobre o caso teve início em fevereiro de 2023, após a prisão em flagrante de um cabo do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, que foi detido transportando 48 kg de cocaína em Porto Velho. Na semana seguinte, um sargento da PM/RO, irmão do bombeiro, foi morto, junto com outro comparsa, durante uma intervenção policial na cidade Goiás (GO), enquanto transportavam cerca de 60 kg de cocaína.

Em agosto de 2023, um ex-sargento da PM, também de Rondônia, acompanhado de outro integrante da organização criminosa, foi preso em flagrante enquanto transportava 37 kg de cocaína na BR-319, em direção a Humaitá (AM). Em março de 2024, após ter obtido liberdade provisória, o ex-sargento foi novamente preso, desta vez transportando 35 kg de cocaína na cidade de Itabuna (BA). Agora acabou preso novamente em Marabá. Ele não teve o nome revelado pela PF.

A Polícia Federal trabalha com a hipótese de que grande parte das drogas que havia sido apreendida tinha como destino o Nordeste brasileiro, mais especificamente a Bahia. Durante as investigações, foi identificado o líder da organização criminosa no Nordeste, que seria o destinatário da droga. Além de Marabá e Porto Velho, as ações se deram também nas cidades de Guajará Mirim (RO), Londrina (PR), Itabuna (BA) e Itapicuru (BA).

(Chagas Filho, com informações da Ascom/Polícia Federal)