Correio de Carajás

Polícia fechará bares, mas Divisa mantém decreto municipal

Muita dúvida foi gerada em Marabá desde que o governador Helder Barbalho anunciou a publicação de decreto proibindo o funcionamento de bares em todo o Pará como forma de conter o avanço do coronavírus, cuja nova variante (mais contagiosa) entra no Estado através de Manaus. A medida é mais rígida do que o decreto municipal anunciada na sexta-feira da semana passada, onde a prefeitura não proíbe a atividade, mas apenas limita o horário de funcionamento até meia-noite.

Na tarde de hoje, quinta-feira, dia 21, proprietários de bares e profissionais que atuam em atividade noturnas se reuniram em frente à sede da prefeitura de Marabá, com o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Thiago Carneiro; e com o comandante do CPR-II – 2º Comando de Policiamento Regional, coronel Benedito Tobias Sabbá.

Durante a reunião, os representantes da lei deixaram claro que vão cumprir a ordem do governador, que é proibir o funcionamento dos bares e casas noturnas e que a fiscalização já se dará a partir da noite desta quinta-feira. Essa decisão já havia sido informada para o CORREIO, por telefone, pelo delegado e pelo coronel.

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DIVISA

Por outro lado, Daniel Soares Divisa, coordenador da Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa), explicou que, por enquanto não há alteração do decreto municipal, de modo que a Vigilância mantém preocupação apenas com o horário de funcionamento dos estabelecimentos.

Daniel Soares explicou ainda que nesta sexta-feira (21) haverá uma reunião do comitê de crise para dirimir quaisquer divergências. Mas, extraoficialmente, o que se sabe é que o prefeito entende que a situação em Marabá é um pouco melhor do que outras regiões do Pará, como a Calha Norte, que faz fronteira com o Amazonas, por isso não haveria necessidade de seguir o decreto do Estado.

Malandragem

De acordo com o coronel Sabbá, existe um certo problema quanto a fiscalização em Marabá. O oficial observa que muitos bares de Marabá passaram, recentemente, a usar a denominação de restaurante para poderem se manter abertos, conseguindo assim fugir da fiscalização.

Mas, de acordo com ele, os locais onde a polícia identificar que existe apenas a atividade de bar serão fechados, ficando abertos apenas os restaurantes mesmo e até a meia-noite.

Reunião

Diante da situação, a Associação dos Bares, Casas Noturnas, Distribuidoras, Conveniências, Lanchonetes, Músicos e Artistas do Estado do Pará enviou um convite à imprensa local para uma coletiva na manhã desta sexta-feira, às 9h45, em uma pizzaria da cidade, para falar sobre a situação do setor, que estaria amargando prejuízos devido as últimas iniciativas do poder público, que tenta conter a retomada dos casos de covid-19 em Marabá, que tem hoje mais de 12,6 mil casos da doença e 253 mortes. (Chagas Filho)