Correio de Carajás

Polícia coloca as mãos no perigoso “Paulo Cicatriz”

Na tarde desta quarta-feira (9), a Polícia Civil do Pará atuou numa ação que resultou na prisão de Antônio José da Silva, popularmente conhecido como “Paulo Cicatriz”, por crimes contra instituições financeiras cometidos em vários Estados. A prisão aconteceu na cidade de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul.

“Paulo Cicatriz” possui um baita currículo no mundo do crime e havia sido preso a última vez aqui em Marabá, no ano de 2012, no Bairro Araguaia, ocupação urbana localizada na periferia da Nova Marabá.

Prendê-lo não é uma tarefa para qualquer um. Foi necessária uma ação conjunta envolvendo o Núcleo de Apoio a Investigação (NAI) de Marabá, a Superintendência Regional do Sudeste Paraense (10ª RISP), Delegacia de Homicídios de Marabá e a Delegacia de Polícia Civil de Eldorado do Carajás, e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Divisão de Operações do Gabinete de Inteligência Policial e Assuntos Estratégicos – GIE – e da Delegacia de Roubos do Departamento de Investigações Criminais – DEIC.

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Após tomar conhecimento de um alerta vermelho contra instituições financeiras no Rio Grande do Sul, aliado ao fato de que “Paulo Cicatriz” estaria há poucos dias naquele estado, a Polícia Civil do Pará fez contato com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e, mediante troca de informações, “Paulo Cicatriz” foi encontrado na cidade de Lagoa Vermelha. Depois de incessantes diligências, ele foi localizado com outros indivíduos, oriundos do Maranhão, também possuidores de histórico criminal.

“Paulo Cicatriz” é detentor de várias identidades falsas, entre as quais “Paulo Henrique da Silva Júnior”, em cujo nome foram expedidos os mandados de prisão cumpridos ontem.

Além disso, segundo a Polícia Civil, “Paulo Cicatriz” já teve participação comprovada em homicídios, latrocínios e roubos a instituições financeiras, pelo menos, nos Estados do Pará, Bahia, Goiás, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso, sendo, por isso, considerado um dos maiores criminosos em atividade, nas regiões Norte e Nordeste do país.

O preso é acusado de atuar nas modalidades de roubo do tipo “vapor” ou “novo cangaço”, em que pequenas cidades são sitiadas pelos malfeitores, que, com armamento de grosso calibre, fazem moradores locais de reféns e explodem agências bancárias a fim de subtrair vultuosas quantias de dinheiro em espécie.

O preso foi apresentado à Delegacia de Polícia local para a lavratura dos procedimentos cabíveis. E na manhã desta quinta-feira, o delegado Thiago Carneiro, superintendente regional de Polícia Civil dará uma coletiva de Imprensa falando sobre a operação policial. (Chagas Filho)