Correio de Carajás

Polícia Civil investiga morte de Paulo Siber

O delegado William Crispim, do Departamento Homicídios de Marabá, já começou a ouvir pessoas ligadas ao ex-agente prisional Paulo Siber Amoury, de 57 anos, que foi executado dentro da própria casa, no bairro Novo Horizonte, na madrugada do último sábado (16), em Marabá.

De acordo com a Polícia Civil, era por volta das 3h20 quando a Delegacia de Homicídios foi acionada sobre o crime. A vítima, que estava afastado da atividade de agente prisional havia cerca de um ano e meio, estava em sua residência quando dois indivíduos, que chegaram de bicicleta, pularam o muro e arrombaram a porta da frente, entraram na casa e efetuaram quatro disparos contra a vítima, sendo um no peito e três na face.

Paulo Siber Amoury era figura bastante conhecida em Marabá

Para a reportagem do Jornal CORREIO, o delegado William Crispim confirmou que começou a ouvir testemunhas e levantou diversas imagens das câmeras de vídeo-monitoramento da área para tentar identificar os criminosos. Ele ficou de ouvir as declarações da esposa da vítima entre ontem e hoje (19), pois ela ainda estava em estado de choque.

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De fato, conforme informações da Polícia Militar, quando as primeiras autoridades policiais chegaram à casa ela estava correndo desesperada na rua, gritando que tinham assassinado o marido dela.

Ainda de acordo com a polícia, na hora do atentado, estavam em casa apenas Paulo Siber e a mulher dele. Os criminosos pularam o muro e arrombaram a porta da frente. A vítima estava deitada em um colchão bem perto da porta.

Segundo o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional, quando a vítima se levantou e foi ao encontro dos indivíduos foi alvejado pelos quatro tiros. “A partir disso, os algozes empreenderam fuga do local. E essa investigação se encontra em estágio avançado. A polícia vem realizando o trabalho investigativo em campo desde o dia do fato. E a gente pede a colaboração da população, que se sabe alguma informação a respeito desse homicídio, que forneça via Disque Denúncia, que o anonimato será garantido”, disse o delegado.

No local do crime, o pastor evangélico Elisson dos Santos, que era amigo da vítima, disse que conhecia Paulo Siber há cerca de três anos e que os dois costumavam orar juntos. “Hoje a gente se depara com essa situação aí… É mais uma pessoa que tem a vida ceifada e sem resposta”, lamenta o pastor.

Para ele, não há explicações para um crime como este. “Eu que estava andando no dia-a-dia com ele, até agora estou tentando acordar”, disse o pastor Elisson dos Santos. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

SAIBA MAIS

Atualmente Paulo Siber estava trabalhando como despachante no DETRAN, mas atuou muitos anos como agente prisional. Ele também estava frequentando uma igreja evangélica, justamente a do pastor Elisson, que disse que orava constantemente com ele. Paulo é de família muito grande e conhecida de Marabá. Sua morte gerou muita surpresa.