Correio de Carajás

Polícia Civil determina sigilo sobre investigação da chacina no Bairro da Paz

Os jovens foram assassinados na calçada de uma residência na Rua Rio de Janeiro, Bairro da Paz

A Delegacia de Homicídios de Marabá trabalha na investigação do crime brutal que aconteceu por volta de 21h30 de quarta-feira, 20, e deixou em pânico os moradores da Rua Rio de Janeiro, no Bairro da Paz. Quatro jovens foram assassinados com tiros na cabeça e sem chance de defesa.

A reportagem do CORREIO esteve na 21ª Seccional de Polícia Civil (Folha 30, Nova Marabá) na manhã desta quinta-feira, 21, para apurar mais informações sobre o caso e por lá recebeu a confirmação de que devido a gravidade do crime, e para preservar a investigação, ela será feita em sigilo absoluto.

Carlos Henrique Gomes Brito, 17 anos; Raimundo Fernando Alves de Oliveira, 18 anos; Gabriel Firmino da Silva, 19 anos e Pablo Eduardo Freitas Gonçalves, 20 anos, são as vítimas do ocorrido.

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Ainda sobre o inquérito, há a possibilidade de uma equipe da Polícia Civil de Belém, vir para Marabá para acompanhar a situação, reforço importante para a apuração do episódio.

ESPECULAÇÃO

No local dos assassinatos, o Correio de Carajás apurou na manhã desta quinta-feira, que uma das possíveis motivações do crime seria a exponencial guerra de facções que cresce na cidade, principalmente em bairros periféricos.

Há ainda a hipótese de que este crime tenha ligação com outras mortes que aconteceram recentemente.

No último mês de novembro foram registrados 19 homicídios em 30 dias.

O CRIME

Entre os moradores da região, a conversa é de que os quatro jovens estavam conversando na calçada de uma residência quando um carro chegou, dele desceu um homem armado e ordenou que os jovens deitassem no chão com o rosto para baixo. A partir daí começaram as execuções com tiros na cabeça.

Ninguém soube precisar, no entanto, as características do atirador, se o mesmo estava acompanhado e nem o modelo e marca do carro.

PESAR E DESOLAÇÃO

Tristeza. Esse é o sentimento das famílias dos quatro jovens assassinados na noite de quarta-feira, 20, em Marabá.

A reportagem do CORREIO conversou com Ester Gomes Firmino da Silva, mãe de Gabriel, ainda no local da chacina (como vem sendo chamado o episódio) e a dor de perder o filho transparece em toda a sua fala.

“Ele era um menino tranquilo”, afirma ela. Entretanto, também pontua que no fundo os pais nunca sabem tudo da vida dos filhos.

Sobre os demais jovens assassinados, a mulher disse que conhecia apenas um, Raimundo Fernando, que era amigo de seu filho. Ela finaliza contando que era comum os jovens se encontrarem para conversar naquela calçada.

Durante todo o tempo que a reportagem do CORREIO permaneceu no local, diversos amigos e familiares das vítimas foram chegando aos poucos. A cada corpo identificado, o choro tomava de conta das pessoas que buscavam umas nas outras o consolo em um abraço.

(Da Redação)