Correio de Carajás

Polícia age rápido e impede ataque em escola de Marabá

Por volta das 10h30 da manhã desta segunda-feira, 10, a Polícia Militar de Marabá recebeu uma denúncia anônima informando sobre um possível ataque à Escola Estadual Walquise Viana da Silveira, localizada no Núcleo São Félix, na estrada que dá acesso à Praia do Espírito Santos.

Equipes da PM e da Polícia Civil se dirigiram ao local e, após conversar com a direção da escola, foram identificados alguns professores que seriam alvos dos ataques.

“Recebemos a informação de que a escola poderia sofrer um ataque premeditado, possivelmente, por alunos e ex alunos. Fomos, junto com o delegado Vinicius Cardoso, até a casa de um deles, maior de idade, e ele foi encaminhado para a Seccional de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Não foi dada voz de prisão. Não existe nada comprovado. O delegado fez a oitiva do suspeito e deve fazer outras diligências para ir atrás dos outros suspeitos. A informação chegou a tempo para que pudéssemos fazer uma intervenção da segurança pública efetivamente. Com certeza essa ação já vai cair por terra. Agora, o procedimento é avançar na investigação e conseguir identificar e saber se é verdade ou não toda essa informação que chegou”, explica o coronel Dayvid Sarah Lima, do Comando Regional II da Polícia Militar do Pará.

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Uma reunião de emergência entre a Polícia Militar e os representantes do ensino estadual e municipal ocorreu na tarde desta segunda-feira, para atualizar a informação e levar segurança para o servidor público e para os pais dos estudantes.

“É preciso que nos informem se algo estiver fora do controle. A gente faz reunião para atualizar o problema e correr atrás da solução antes que aconteça algo pior. Sabemos o que vem acontecendo no cenário nacional e, infelizmente, acaba motivando pessoas com pouco raciocínio para fazer bobagens. Então, quando mais nos cercamos de cuidados e de toda prevenção, evitamos que aconteça aqui na nossa região”.

O CORREIO entrou em contato com o superintendente da Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, que acompanhou a situação na escola e ouviu o aluno suspeito.

“Agimos de imediato. Fizemos as diligências, ouvimos as pessoas envolvidas. A gente ouve quando há indicativo de autoria ou de pessoas supostamente responsáveis pelo planejamento. A grande sensibilidade que é preciso ter nesses casos, é que muitas vezes há muitos elementos que podem se tratar de trote ou provocação de pânico. Nada está descartado. Porém, é importante que a polícia se faça mais presente na comunidade escolar”, reconhece o delegado Vinícius.

Para o coronel Dayvid, é importante uma ação voltada para as escolas estaduais e municipais, trabalhando de forma conjunta com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, intensificando a presença da segurança na escola e às proximidades.

Porém, o coronel ressalta que é importante que pais e professores possam observar o comportamento das crianças e jovens, e que não se pode misturar questões disciplinares e comportamentais dos alunos com casos de polícia.

“Mas quando a gente observa que esses comportamentos estão evoluindo, fazemos uma visita, uma palestra e vamos inibindo essas atitudes. Dessa forma, a gente acaba criando um canal de comunicação com a direção da escola, com a coordenação e, caso aconteça qualquer coisa fora da normalidade, a polícia deve ser acionada”.

Segundo o comandante, a Polícia Militar chega, em qualquer escola da cidade de Marabá, em no máximo dois minutos, embora reconheça que a PM não tenha uma viatura apenas designada para escola, mas sim todas as viaturas estão habilitadas para fazer o atendimento em tempo hábil.

Dayvid Sarah Lima detalha que o ponto de base das viaturas geralmente é em local de grande aglomeração e próximo de escolas. Em relação à zona rural, existe uma dificuldade maior. Contudo, há destacamento no Rio Preto, Morada Nova, Vila Sororó, Vila Itainópolis, que são comunidades maiores.

CÂMERAS DE SEGURANÇA
De acordo com o comandante, o sistema de segurança pública está atuando com inteligência artificial e providenciando a instalação de câmeras nos principais corredores da cidade. Ele ressalta, entretanto, que o município poderia investir no monitoramento de escolas, especificamente. “Tenho conhecimento, através do secretário de Segurança Institucional do município, Jair Barata, sobre a instalação de câmeras, principalmente na frente de escolas, na saída e na chegada. Nossas viaturas estão fazendo a ronda nessa saída e entrada de alunos, nas trocas dos turnos. A ideia de colocar as câmeras, principalmente nas escolas com mais de mil alunos, é que a gente sabe que os problemas são diversos dentro de uma escola. Mas o importante é saber que as ações preventivas estão sendo planejadas, estão sendo executadas de forma integrada e esperamos a colaboração dos pais, dos professores e de toda a comunidade escolar”.

Sem terrorismo

Para o comandante, pessoas nas redes sociais, que acabam jogando terrorismo, promovendo essas ações, serão identificadas e detidas. “A imprensa é fundamental para que possa colaborar, pra gente manter a nossa comunidade mais segura”, finaliza o coronel. (Ana Mangas)