Correio de Carajás

PMs são absolvidos da morte de conselheiro tutelar em Itupiranga

Três policiais militares e um cidadão comum foram absolvidos do crime; um quatro PM aguarda julgamento de recurso. O Júri Popular aconteceu em Belém.

✏️ Atualizado em 23/11/2021 14h53

Terminou por volta das 18h de ontem (22), em Belém, o julgamento de três policiais militares e um cidadão civil acusados do assassinato do conselheiro tutelar Rondinele Wagner Maracaípe, ocorrido na cidade de Itupiranga, em 11 de janeiro de 2017. Os quatro foram absolvidos das acusações de homicídio e tentativa de assassinato de outro conselheiro, Jorge Edilson Ferreira da Silva, que foi baleado na época. Também foram inocentados das acusações de coação no curso do processo e milícia.

Os absolvidos foram Rony Marcelo Alves Paiva, Webert Santana da Silva, Allan Douglas Branco Rodrigues, e Railson Oliveira da luz (este último não é policial).

Segundo o advogado Arnaldo Ramos, que atuou na defesa de Rony Marcelo, o júri foi desaforado para Belém por causa do risco de parcialidade dos jurados de Itupiranga e da segurança de todos. “O conselho de sentença da capital entendeu que não houve provas suficientes de autoria”, afirmou.

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Como o julgamento foi desmembrado, outro policial militar acusado, João Oliveira dos Santos Júnior, entrou com recurso para atacar a pronúncia. Ou seja. Para ser inocentado sem ir a júri popular. O recurso ainda será julgado.

Outro acusado de envolvimento no caso, Elvis Fernandes da Silva foi impronunciado pelo crime de homicídio (ou seja: inocentado pelo Poder Judiciário), mas responde pelo crime de formação de milícia, que será julgado pela Vara de Crimes Organizados de Belém.

Esse caso envolve ainda o 3º sargento PM, Josafá Pinheiro da Silva, que também era réu no processo, mas foi assassinado, a tiros, no dia 19 de dezembro de 2020, na BR-230 (Transamazônica), entre a entrada da cidade de Itupiranga e o Distrito de Cajazeiras.

Por outro lado, o policial Rony Paiva, inocentado ontem, também era acusado da morte do advogado Danilo Sandes, ocorrido em Araguaína (TO), mas está solto por ordem do Superior Tribunal de Justiça. Além dele, o outro PM João Oliveira, que ainda aguarda recurso no caso do conselheiro, está preso em Araguaína, também sob acusação de envolvimento no assassinado do advogado Danilo Sandes.

(Chagas Filho)

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