Correio de Carajás

PM que matou professor do IFPA está perto do júri

PM está preso no Centro de Recuperação Coronel Anastácio Das Neves (Crcan), em Santa Izabel, e sofreu derrota tripla no recurso que impetrou no TJPA

Felipe foi preso cinco dias depois do assassinato e está na cadeia até hoje/ Foto: TV Correio/Arquivo

O policial militar Felipe Freie Sampaio Gouveia, que matou, a tiros, o professor Ederson Costa Santos, do Instituto Federal do Pará (IFPA), está cada vez mais perto de enfrentar o júri popular. O PM, que era lotado em Imperatriz (MA), sofreu uma tripla derrota, em recurso que ele entrou no Tribunal de Justiça do Pará (TJAPA), e seu julgamento pelo covarde assassinato é questão de tempo. Felipe matou o professor em Marabá, na madrugada de 4 de agosto de 2018, em frente ao Sesi (Cidade Nova).

Professor Ederson estava desarmado e indefeso: crime duplamente qualificado/ Foto: Reprodução

De acordo com o advogado Ricardo Moura, que atua como assistente de acusação, a pedido da família da vítima, no recurso o policial militar alegou inicialmente a negativa de autoria, depois pediu legítima defesa e, por fim, alegou não ter roubado os pertences que estavam nos bolsos da vítima. Mas, para azar do policial, foi tudo filmado.

Ricardo Moura explica que Justiça pode até demorar, mas uma hora chega/ Foto: Evangelista Rocha

As câmeras mostraram Felipe e Ederson conversando depois de uma batida de trânsito entre o carro dirigido pelo acusado e o automóvel guiado pela vítima. Em dado momento o policial se certifica de que ninguém está passando pela rua e atira duas vezes, a queima roupa, no rosto do professor. Em seguida mete a mãos nos bolsas da calça de Ederson e leva celular, carteira e relógio.

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Além das filmagens, o crime foi testemunhado por duas moças que estavam com Ederson e ficaram no interior do veículo o tempo inteiro, presenciando o crime. O policial foi preso poucos dias depois no quartel onde tirava serviço normalmente.

Quem acompanhou todo o crime foi a namorada de Felipe, Thais Santos Rodrigues. Ela chegou a ser presa, mas depois foi posta em liberdade, porque, inicialmente, a Justiça entendeu que ela não teve participação no crime. Mas o Ministério Público e a assistência de acusação entraram com recurso para que Thais também sente no banco dos réus.

(Chagas Filho)