📅 Publicado em 23/12/2025 17h54
A compra de oito parafusadeiras em uma empresa de Parauapebas resultou na prisão de três moradores de Marabá, que podem responder pelos crimes de estelionato, fraude bancária e receptação. O caso se deu na noite de terça-feira (22). Os suspeitos são Lucas Almeida Gonçalves (da Velha Marabá), Lucas Vinícius Dias Silva e Nadson Machado Freire.
O comerciante de Parauapebas relatou para a polícia que vendeu as ferramentas para um morador de Marabá, com valor total estimado em R$ 14 mil. Mas, após a remessa da mercadoria, o comerciante foi surpreendido por uma contestação bancária, pois o titular do cartão de crédito utilizado alegou não reconhecer a compra. Foi aí que percebeu que poderia ter sido vítima de um glope.
Passado algum tempo, a vítima se deparou com as parafusadeiras sendo anunciadas em uma página de bazar do Facebook, num perfil pertencente a Geisla Gabriele Almeida Lima. Diante disso, o comerciante marcou um encontro, dizendo-se interessado em comprar as furadeiras. Mas, na verdade, ele queria recuperar suas ferramentas.
Leia mais:O encontro foi marcado na praça do Novo Horizonte, em Marabá, para onde o comerciante foi com apoio da Polícia Militar. Ao chegarem ao local, foram encontrados Lucas Vinicius e Nadson Machado, além de um terceiro suspeito, identificado como Luís Gabriel Nunes Teixeira, que fugiu do local, mas foi localizado na Avenida Cuiabá.
Com Lucas Vinicius, foram encontradas duas parafusadeiras. Foi então que ele confirmou ser o anunciante dos produtos (pelo perfil de sua esposa Geisla) e declarou que havia comprado as ferramentas de Lucas Almeida, morador da Santa Terezinha. Detalhou ainda que a negociação ocorreu em frente a um supermercado.

Diante disso, Lucas Vinicius levou a equipe policial até a casa de Lucas Almeida Gonçalves, na Rua Santa Terezinha, nº 638, Velha Marabá, onde houve um certo alvoroço na vizinhança, que foi inclusive filmado por celular, já que Lucas é bastante conhecido na área.
Ao ser questionado, Lucas Almeida inicialmente negou os fatos, mas depois confessou ter vendido as duas parafusadeiras a Lucas Vinicius. Essa transação também foi confirmada por Nadson.
Na casa de Lucas Almeida, foram localizados cinco aparelhos celulares, sem comprovação de origem lícita, além de uma embalagem contendo dados da empresa da vítima, constando como destinatário e remetente compatíveis com a remessa das mercadorias. Ou seja, ficou praticamente claro que Lucas Almeida, morador da Rua Santa Terezinha, foi o beneficiado da fraude.
Constatada a situação, todos os envolvidos foram conduzidos, algemados, até a Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais cabíveis. As investigações devem definir exatamente o que ocorreu, mas tudo indica que um dos suspeitos clonou o cartão de crédito para fazer compras.
